BRASIL

Investigação é para atacar candidatura à presidência da Câmara, diz Cunha

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), negou nesta quarta-feira qualquer envolvimento com o doleiro Alberto Youssef ou com seus auxiliares, como o ex-policial federal denominado “Careca”, conforme suspeita o Ministério Público Federal (MPF) após aprofundamento das investigações da “Operação Lava Jato”.

Nesta quarta-feira (7), reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que a Procuradoria quer fazer um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Cunha por suspeitas de que ele foi favorecido pelo esquema de desvio de recursos da Petrobras. Pela suspeita dos investigações, depoimentos tomados até o momento apontam que Cunha teria recebido dinheiro do esquema do ex-policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como “Careca”. Esse dinheiro supostamente foi entregue no apartamento de Cunha, no Rio de Janeiro.

 

Por meio de uma nota oficial, o líder do PMDB da Câmara disse que essa informação seria uma clara tentativa de atacar a sua candidatura à presidência da Câmara. Ele disse ainda não admitir ser designado “como suspeito”. “Não conheço o cidadão citado pela Folha, nunca o vi na vida, bem como não conheço o patrão dele, o tal doleiro”, afirmou Cunha.

“Simplesmente, é um verdadeiro absurdo a divulgação de forma irresponsável de um conteúdo inverídico, cujo objetivo é, obviamente, buscar me igualar a outros envolvidos no caso. Isso é, claramente, uma tentativa política de atacar a minha candidatura para criar constrangimentos que só beneficiam os contrários a mim”, prosseguiu Cunha em nota oficial.

Cunha, que está em viagem ao Acre com uma comitiva de funcionários, tem demonstrado resignação com a citação dele no escândalo da Lava Jato. Desde outubro, ele vem sendo citado e sempre negou sua ligação com Alberto Youssef. Cunha tentou obter os autos da investigação da Lava Jato para preparar sua defesa. Ele, inclusive, contratou um advogado especificamente para cuidar desse caso.

Na nota oficial, Cunha sustenta que durante os depoimentos de “Careca” ele não confirma categoricamente o envolvimento de Cunha no escândalo da Petrobras. “Fui informado que durante o depoimento foi mencionado que ele teria entregue determinada quantia em um condomínio que, reforço, não é o em que resido. O depoente teria dito durante o depoimento que supostamente ouviu dizer que é o meu endereço, mas que entregou ao proprietário do imóvel. O mais grave: o depoente teria dito que não pode afirmar que sou eu”, aponta Cunha.

“Não devo e nada temo. O fato não existe e tampouco há acusação. Isso é única e exclusivamente uma tentativa torpe de envolver meu nome para criar constrangimento”, descreve o líder do PMDB na Câmara.

(Do iG)


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