POLÍTICA

Investigado pela PF, ex-conselheiro do Carf não responde perguntas

Alvo da Operação Zelotes da Polícia Federal, que desarticulou um esquema de fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o auditor fiscal da Receita Federal aposentado e ex-conselheiro do órgão Paulo, Roberto Cortez, decidiu permanecer em silêncio hoje (18) em depoimento à comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga o Carf, no Senado.

Cortez compareceu à CPI com um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe garantiu o direito de permanecer em silêncio. Para o senador Otto Alencar (PSD-BA), o STF prestou um “desserviço” ao país. “A postura do senhor Paulo Roberto Cortez deixa todas as dúvidas quanto à honra do auditor fiscal aposentado, que foi indicado para o Carf para representar os contribuintes”, criticou o senador baiano.

“Ele não vai explicar porque não tem explicação. Ele participou de um esquema de traficância no Carf. Os pequenos [contribuintes] pagavam [as multas julgadas pelo Carf], enquanto os grandes pagavam [propina] para eles [conselheiros], como o senhor Paulo Roberto Cortez, que está comprometido até o pescoço”, acrescentou Alencar.

Relatora da CPI, a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) lamentou a postura do ex-auditor do Carf. Durante a oitiva, Cortez se negou a responder todas as perguntas feitas a ele, inclusive questionamentos sobre ingresso na Receita e data de sua aposentadoria. "Quem cala, consente", disse a senadora Simone Tebet (PMDB-MS).

Agência Brasil


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