BRASIL

Jaques Wagner: ‘Investigações seguem e o país também’

Falando em nome do governo, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou nesta manhã em coletiva de imprensa que a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, pela Operação Lava Jato, não foi assunto da reunião de coordenação política do governo, com a presença da presidente Dilma Rousseff. "A prisão não foi comentada, apesar de todo mundo saber, foi notícia a manhã toda", disse.

O ministro manifestou uma preocupação pessoal com o ambiente de negócios em decorrência da prisão. Segundo ele, as investigações seguem, e devem seguir, e o País também, mas é preciso assegurar que os investimentos continuem a ser feitos no Brasil.

"Assim como a operação Lava Jato segue, o governo também segue, o Governo não pode mais ficar paralisado em função das investigações, e não poderia esperar o fim das investigações para retomar o crescimento do País", disse. "Precisamos ter estabilidade para que os investimentos ocorram normalmente. Estamos buscando retomar o crescimento", completou.

Questionados se as investigações poderiam atingir a presidente Dilma Rousseff, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, disse que todos do governo confiam muito na presidente e que não há uma expectativa de que as investigações atinjam a petista.

O encontro da coordenação política, nesta manhã, teve como foco central a retomada dos trabalhos no Legislativo, na volta do recesso parlamentar.

Confira abaixo a matéria da Agência Brasil sobre o assunto.

Após prisão de Dirceu, ministro diz que investigação não chegará a Dilma

Luana Lourenço – O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, disse hoje (3) que a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu no âmbito da investigação da Operação Lava Jato não preocupa o governo da presidenta Dilma Rousseff. Com a prisão de Dirceu, a operação chegou ao núcleo político que comandava o Palácio do Planalto na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Todos nós confiamos muito na conduta da presidenta Dilma e em nenhum momento passa por nós nenhuma expectativa de que se aproxime dela nenhuma investigação, nem de seu governo”, disse Kassab após participar da reunião de coordenação política com Dilma e mais dez ministros.

De acordo com o ministro da Defesa, Jaques Wagner, a prisão de Dirceu não foi assunto do encontro ministerial, mas preocupa o governo por causa do ambiente de instabilidade política que o país vive. “Precisamos ter dois canais paralelos: as investigações seguem e o país também segue funcionando e com a economia funcionando. O ambiente é que a gente tem que tentar melhorar para poder estimular investidores e estimular a economia a crescer”, avaliou.

Wagner disse que a preocupação do governo com a estabilidade política e econômica do país não é nenhuma crítica a atuação dos investigadores e às prisões feitas na Lava Jato. “Alguns querem interpretar que a gente está contra [a operação]. Não tem nada contra, até porque não tem como ser contra a sequência da investigação, tudo tem que ter um desfecho. O que estou falando é que a gente dorme e acorda sempre com uma notícia dessa, então do ponto de vista do ambiente empresarial, de negócios, essa é minha preocupação maior. Se a gente está precisando de uma retomada, você precisa ter algum grau de estabilidade para que os investimentos ocorram normalmente”.

Dirceu foi preso preventivamente na 17ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília, e é apontado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal como criador e beneficiário do esquema de corrução na Petrobras. Segundo os investigadores, Dirceu, na época em que era ministro da Casa Civil no governo Lula, nomeou Renato Duque para Diretoria de Serviços da estatal, onde foi iniciado o esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras.

Brasil 247 


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