POLÍTICA

João defende Consórcio Nordeste e rebate Bolsonaro: “quer chamar atenção”

O governador João Azevêdo (PSB) comentou, na noite desta segunda-feira (5), sobre as novas declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que criticou abertamente a unidade dos governadores da região em torno da formação do Consórcio Nordeste. Em contato com a imprensa, durante as comemorações pelo aniversário de 434 anos de João Pessoa, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, o Chefe do Executivo paraibano disse que Bolsonaro quer chamar atenção, criando polêmica com fatos que não existem.

“O presidente quer chamar atenção para que aprovem o que ele quer colocar em prática. Não existe essa coisa de se criar uma espécie de Cuba na região, tornando o Nordeste independente. O que o Consórcio propõe é uma ferramenta inovadora que vem fortalecer os mecanismos de compra e aquisição de valores para a região de forma organizada. Não existe esse objetivo de tornar o Nordeste independente”, disse.

João Azevêdo participou junto com a primeira dama, e o secretário de Estado da Cultura, Damião Ramos Cavalcanti, da comemoração organizada pelo Governo do Estado alusiva ao aniversário da cidade de João Pessoa, com as apresentações da Orquestra Sinfônica da Paraíba e da banda Paralamas do Sucesso.

 

ENTENDA

 

Em sua segunda visita ao Nordeste em menos de um mês, durante a inauguração da primeira etapa da Usina Solar Flutuante em Sobradinho, na Bahia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que governadores da região “fazem politicalha”, querem transformar o Nordeste “em uma Cuba”. Ele criticou a iniciativa dos governadores de se unirem em torno do Consórcio Nordeste, que visa trazer novos investimentos para a região.

Segundo Bolsonaro, os chefes do Executivo dos nove estados atuam para dividir e isolar o Nordeste dos brasileiros. “O Brasil é um só, não queiram dividir regiões. Tem alguns que acham que aquela região é dele e não do povo. Isso não existe, o Nordeste é Brasil”, disse.

Bolsonaro ainda voltou a criticar pessoalmente o governador da Paraíba, João Azevêdo e o do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Ele negou que os dois estados sejam penalizados com a falta de recursos federais, contudo, disse que se os dois gestores não alinharem o discurso, a sua conversa será direta com as prefeituras municipais que recebem verbas do Governo Federal.

 

“Não vou negar nada para o Estado. Mas se eles (governadores) quiserem que realmente isso tudo seja atendido, eles vão ter que falar que estão trabalhando com o presidente Jair Bolsonaro. Caso contrário, eu não vou ter conversa com eles e vou divulgar obras junto às prefeituras”, falou.


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