PARAÍBA

João desconversa sobre deixar PSB e diz que pedido de RC evitaria crise

O governador João Azevêdo (PSB) chamou de antidemocrática a maneira a qual o ex-governador Ricardo Coutinho chegou à presidência do PSB da Paraíba. Nesta sexta-feira (13), ele levantou a possibilidade de haver ‘outros motivos’ por trás da renúncia coletiva que tirou Edvaldo Rosas da presidência do partido e instituiu uma comissão provisória do Diretório Estadual.

“Qualquer medida que o partido tenha que adotar, tem que tomar de forma democrática. A saída, dissolução, pode chamar o nome que for, intervenção, golpe, não me interessa o nome que foi dado, foi feito de forma antidemocrática. Não é compreensível que pelo fato do presidente ser nomeado secretário de estado, que tenha se criado essa celeuma toda. É claro que tem que ter outros motivos por trás disso que não foram ditos até agora”, declarou.

João questionou a transparência do partido, ao afirmar que até o momento não foi disponibilizada a lista com os nomes dos membros do diretório estadual que renunciaram ao posto.

“Não podemos entender que o presidente do partido recebe uma relação, que segundo ele está com ele, e nunca disponibilizou essa relação, disse que tem lá 35 assinaturas, com suplentes… várias pessoas que assinaram pediram para tirar o nome da lista. Não foi atendido pelo presidente dizendo que era irreversível”, continuou.

Para o governador, a inclusão do seu nome na comissão provisória seria uma tentativa de constrangê-lo: “antes de ser colocado meu nome na comissão, mandei uma carta de manhã dizendo que não aceitaria participar de nenhuma comissão provisória. O nome foi colocado talvez na tentativa de constranger, para se eu dizer que não aceitaria, sair com a pecha de intransigente”.

Posição de Ricardo Coutinho

O ex-governador Ricardo Coutinho poderia ter evitado a crise pela presidência da legenda, disse João. Segundo Azevêdo, bastava ter ligado e pedido a presidência.

“Se o ex-governador queria ser presidente do partido, bastaria uma ligação para mim e para Edvaldo, para assumir a presidência do partido. Porque nesses anos todos, ele foi o presidente indiretamente no partido. Construímos um projeto conduzido por ele”, salientou.

Mudança de partido

O governador da Paraíba ainda desconversou sobre a possibilidade de deixar o PSB. Ele reiterou que o foco no momento é a gestão do Estado.

“Eu não tenho pretensão de presidência de partido, nem de comandar partido. Essa não é a lógica. Estou preocupado com o que pode dar certo e o que pode dar certo é coisa como essa, R$ 13,5 milhões de obras assinadas. Vou estar em várias cidades assinando novas obras, é isso. Para isso que a população me elegeu”, finalizou.


Portal WSCOM


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