BRASIL

Jucá propõe CPI investigando Petrobrás, Cartel e Pernambuco

A reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado foi interrompida na tarde desta terça-feira (8) sem a conclusão da votação do relatório que define se a CPI da Petrobras irá investigar apenas a estatal ou mais assuntos. O encerramento da sessão ocorreu após pedido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para que se iniciasse a ordem do dia no plenário da Casa.

A votação será retomada nesta quarta-feira (9), às 9h. Com isso, o governo consegue mais tempo para articular estratégias e evita a instauração da CPI.

Antes da interrupção, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), ex-líder do governo no Senado, defendeu a instalação de uma CPI que investigue não só a Petrobras, mas outras denúncias, como os cartéis de trens e portos em Pernambuco. Ele é relator do parecer da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado que decidirá se serão apuradas denúncias apenas da estatal ou de outros fatos suspeitos.

"Não há nada que impeça de se criar uma só CPI para investigar fatos múltiplos", afirmou Jucá ao ler seu relatório.

O parecer de Jucá será votado na CCJ e, se aprovado, o relatório será encaminhado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que a CPI seja instalada.

Governistas e oposição apresentaram questões de ordem sobre a instalação da CPI da Petrobras questionando o conteúdo de requerimentos um do outro. A oposição argumenta que o pedido de CPI da base aliada é muito amplo e inclui temas relativos aos Estados. Os petistas, por sua vez, alegam que o requerimento da CPI dos oposicionistas inclui fatos que não têm conexão entre si, embora envolvam a Petrobras. Apesar disso, querem que a comissão investigue também outros temas.

Na semana passada, as duas questões de ordem acabaram rejeitadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que acabou transferindo à CCJ a incumbência de se pronunciar. A comissão designou ao senador Jucá que elaborasse um parecer sobre a questão.


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