INTERNACIONAL

Justiça da Nova Zelândia condena assassino de Christchurch a prisão perpétua

O assassino que invadiu duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, e deixou 51 mortos em março de 2019 recebeu nesta quinta-feira (27) (horário local) a pena de prisão perpétua pelo massacre. Ele não terá direito a recorrer da decisão em liberdade.

“Seus crimes são tão perversos que mesmo que ele seja mantido na prisão até a morte, isso não esgotará a punição e a sentença que eles exigem”, disse o juiz do caso, Cameron Mander, do Tribunal Superior de Christchurch. “Cabe ao tribunal fornecer uma resposta de rejeição categórica a tal mal abjeto”, acrescentou.

Condenado pelos assassinatos e por ao menos 40 tentativas de homicídio, o condenado, um supremacista branco australiano de 29 anos, inicialmente se disse inocente. Só depois ele assumiu o crime, considerado um atentado terrorista segundo a legislação neozelandesa.

No ataque, o australiano ele usou armas semiautomáticas e transmitiu parcialmente ao vivo as imagens através de redes sociais. As vítimas estavam nas mesquitas de Al Noor e Linwood, na cidade de Christchurch, quando as orações tradicionais de sexta-feira aconteciam.

A sentença foi declarada após três dias em que mais de 90 sobreviventes do atentado e familiares das vítimas prestaram depoimentos à justiça neozelandesa.

Vítimas e familiares dos mortos lamentaram a ação covarde do assassino.

“Você age como um covarde e é um covarde. Você vive como um rato e merece isso. Você vai morrer sozinho, como um vírus que todo mundo evita”, disse Zuhair Darwish, cujo irmão morreu durante o ataque.
O atentado chocou a Nova Zelândia, geralmente livre de ações terroristas dessa gravidade. O crime levou o governo local a endurecer as regras sobre armas de fogo.


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