BRASIL

Lava Jato não é “terceiro turno eleitoral”, diz ministro da Justiça

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, criticou o que chamou de "politização" das investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal. "Há aqueles que ainda acham que estamos em uma disputa eleitoral. Não perceberam que o resultado das urnas já foi dado", afirmou Michel Filho/Agência O Globo

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, criticou neste sábado (15) o que chamou de "politização" das investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal. "Há aqueles que ainda acham que estamos em uma disputa eleitoral. Não perceberam que o resultado das urnas já foi dado", afirmou.

"A investigação não é terceiro turno eleitoral. As pessoas não podem levar para o foro político possíveis crimes que foram cometidos. Se 'eleitoralizarmos' a investigação, a colocamos em cheque", disse o ministro.

Na sexta-feira, a PF prendeu 19 executivos, entre eles três presidentes de empreiteiras e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT. A ação investiga o maior esquema de corrupção da história da estatal, que teria desviado recursos para políticos que apoiam o governo Dilma Rousseff.

Após a operação, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que disputou e perdeu as eleições presidenciais este ano, afirmou que "muita gente está sem dormir em Brasília", e que as novas prisões da Lava Jato levam o escândalo para cada vez mais perto de dentro do governo da presidente.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, disse que está envergonhado por ser brasileiro. "Como brasileiro, eu tenho vergonha. Tenho vergonha de falar sobre o que esta acontecendo no Brasil", disse FHC.

Sérgio Lima/Folhapress


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