BRASIL

Lava Jato: operador de Zelada, do PMDB, é preso

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta segunda-feira (21) a 25ª fase da Operação Lava Jato em Lisboa, em Portugal.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva contra Raul Schmidt Felipe Junior, investigado pelo pagamento de propinas aos ex-diretores da estatal petrolífera Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, presos em Curitiba pela Lava Jato, segundo reportagem do G1.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Raul Schmidt vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, e se mudou para Portugal após o início da operação. Ele estava foragido desde julho de 2015, quando foi expedida a ordem de prisão.

Zelada foi indicado para a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados para o cargo. Ele é considerado um afilhado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente da Câmara, que conduz o processo de impeachment. Em sua delação, o senador Delcídio Amaral também disse que o vice-presidente Michel Temer estava muito preocupado com Zelada, o que o vice nega.

Schmidt

Ex-funcionário da Petrobras, Raul Schmidt fez carreira na área internacional da estatal, segundo reportagem de Graciliano Rocha. Entre 1994 e 1997, foi gerente da Braspetro em Angola, antes de ir para a iniciativa privada. Desde 2007, atua na intermediação de negócios de fornecedores da Petrobras. Ele vive em Londres, mas tem imóveis e empresas no Rio, em Genebra e Paris.

De acordo com o Ministério Público de Mônaco, um executivo do banco Julius Baer informou que Zelada e Schmidt são “amigos de longa data” e foram proprietários de um apartamento entre 2012 e 2013.

O ex-diretor teria comprado a parte do consultor no imóvel. No mesmo período, extratos mostram que Zelada transferiu € 809 mil (R$ 2,8 milhões) para Schmidt.


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