As transformações sociais verificadas nos últimos anos em Medellin, cidade de 2,7 milhões de habitantes localizada no noroeste da Colômbia, apontam um caminho que também pode ser seguido pelo Brasil, segundo a senadora Lídice da Mata (PSB-BA). Juntamente com o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), a parlamentar participou na Colômbia do 7º Fórum Urbano Mundial, organizado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). – Constatamos o quanto o investimento em educação tem repercutido na inclusão social e na segurança pública. Isso só fez aumentar minha convicção de que o remédio estrutural de curto, médio e longo prazo contra a desigualdade social se dá por meio da educação – disse a senadora.
Uma iniciativa bem-sucedida da administração de Medellin, segundo Lídice da Mata, é a utilização das bibliotecas públicas como instrumento de inclusão social e combate à violência: cinco bibliotecas-parque foram construídas em comunidades diversas e integram uma rede de 30 bibliotecas públicas que formam verdadeiros centros culturais com oficinas profissionais e de artes.
No setor da segurança, chamou a atenção da senadora a polícia de ciclo completo, ao contrário do Brasil, onde a Polícia Militar é encarregada da vigilância das ruas e a Polícia Civil, das investigações. Na Colômbia, os patrulheiros trabalham em média dois anos na mesma localidade e se apresentam de casa em casa, fornecendo seus nomes e telefones para a comunidade. Esse modelo propiciou redução de 19% na taxa nacional de homicídios. Em Medellin, a mesma taxa caiu 40%.
O sistema de transporte da cidade colombiana é igualmente motivo de avaliação positiva por parte de organismos internacionais. Ele se baseia no conceito de intermodalidade, com articulação dos sistemas BRT (similar, no Brasil, ao de Curitiba), com o metrô de seis composições e ônibus pequenos que alimentam todo o sistema. – Além disso, em Medellin eles ampliaram os serviços de transporte para as áreas de difícil acesso com bondes que conseguem transportar até 30 mil passageiros diariamente relatou a senadora.
Tribuna da Bahia
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