O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), relator da Reforma Política no Congresso Nacional, revelou em entrevista à Revista NORDESTE, que foi sondado mas ainda não teve convite formal para ser relator das Contas da presidenta Dilma Rousseff referente ao ano de 2014, reprovadas pelo Tribunal de Contas da União. Ele se refere ao caso baseando-se em fatores técnicos e políticos e antecipou que segue a orientação da Bancada do PMDB, por isso se posiciona contra o Impeachment.

– De fato fomos sondados, entretanto, não tomamos nenhuma decisão por inexistir convite formal nem termos decidido se aceitaremos em caso da convocação porque estamos ainda com a relatoria da Reforma Política, de alta importância para a vida nacional – argumentou.

Na hipótese de ser convidado e aceitar, Lira explicou que conceitualmente entende a decisão do TCU essencialmente técnica, entretanto, pondera que o Congresso Nacional atua levando em conta esses aspectos, mas prepondera o fator político nas decisões sobre o assunto num futuro próximo. “Ouviriamos a todos, a Base do Governo, a Oposição, mas a decisão será politica”.

Ele explicou que o presidente do Senado, Renan Calheiros, ainda não recebeu e despachou o processo para a Comissão especifica, por isso aguarda desdobramentos.

IMPEACHMENT – Raimundo Lira revelou em contato com a reportagem que “se faz urgente resolver definitivamente a grave crise política afetando a presidência da República e da Câmara Federal em situações distintas, porque sem uma solução na política não se resolve a crise econômica”.

Lira entende que todo aguçamento da parte econômica está sendo mantida pela crise política daí defender que se chegue rapidamente a uma estabilidade concreta.

Sobre o Impeachment, ele disse incorporar a posição do PMDB que é de ser contra esse processo defendido pela Oposição. “O PMDB tem posição fechada contra o Impeachment, por isso sigo essa orientação”, concluiu.

Walter Santos