BRASIL

Lula: Temos que lutar contra a criminalização do PT e dos movimentos sociais

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a bancada de deputados federais do PT nesta segunda-feira (7), em São Paulo (SP).

Lula reafirmou seu orgulho de ter fundado o PT e se colocou à disposição para viajar o Brasil em defesa do partido e da democracia. O ex-presidente ressaltou que não há nenhum partido no mundo igual ao PT e que este será "o único partido da minha vida".

Ele alertou para a atual tentativa de criminalização do PT. "Não tem sentido darem o golpe que deram neste país e deixarem o PT livre para disputar com eles nas próximas eleições", disse. "Temos que lutar contra a criminalização do PT e dos movimentos sociais", ressaltou.

48 deputadas e deputados participaram do encontro, no qual foi debatido a atual conjuntura nacional, os desafios do PT para o próximo período, as pautas da Câmara e a resistência contra a PEC 241 (agora PEC 55), que tramita no Senado.

"Preocupação com o país"

O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que “a tônica da reunião foi a preocupação com o país”. Ainda segundo ele, “se debateu ampliar o espectro da esquerda, ampliar iniciativas de aproximação com movimentos sociais, as frentes que existem, como atuar mais incisivamente nessas frentes, a solidariedade que demonstramos ao MST no sábado, o papel da juventude”.

Falcão adiantou que há “uma comissão de teses para apresentar uma grande proposta no Congresso do PT, com base no acúmulo que a bancada já produziu”. “A bancada por exemplo já tem uma boa proposta sobre reforma tributária. Enquanto a PEC 241 só fala em cortes, com exceção das despesas financeiras, e é possível produzir mais receita sem produzir novos impostos. Basta por exemplo taxar os dividendos, coisa que o Fernando Henrique aboliu em 1995”.

Desafios futuros

O deputado Afonso Florence (PT-BA) afirmou em entrevista coletiva após o evento que foi “uma longa reunião onde todos os parlamentares falaram o tempo que quiserem”. “Tratamos da conjuntura, dos desafios postos no PT, seja do ponto de vista do tratamento da crise política, do impeachment, da agenda regressiva do governo Temer, seja da renovação que o PT precisa viver para se colocar novamente como um partido capaz de apresentar um projeto de inclusão para o Brasil, de país generoso”.

De acordo com Florence, todos os temas foram tratados profundamente e chegaram a um alto grau de unidade política ao final do encontro.

“Tratamos profundamente sobre como se renovará as lideranças do partido, e há um grande consenso da bancada com o presidente Rui e o presidente Lula de que no encontro e possivelmente num futuro Congresso, convocados possivelmente por consenso, encontraremos uma solução que arme o partido para enfrentar os temas polêmicos”, completou Florence.


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