Mais de 2 mil pessoas estão desalojadas no Espírito Santo

Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil  Brasília

As fortes chuvas que atingem o Espírito Santo desde a última sexta-feira (17) já causaram a morte de sete pessoas e deixaram 2.355 desalojadas.

Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), do total de desalojados, 2.271 pessoas tiveram que deixar suas casas e se acomodar provisoriamente na casa de parentes ou amigos. As 84 pessoas desabrigadas foram levadas para abrigos públicos – em alguns casos, improvisados em escolas públicas ou igrejas.

Os mais de 90% dos desalojados contabilizados até as 11h de hoje (22) vivem em duas cidades do sul do estado. Em Alfredo Chaves, a cerca de 80 quilômetros da capital Vitória, foi registrado o maior número de desalojados: 1.107 pessoas, além de três mortes.

Em Vargem Alta, a apenas 40 quilômetros a oeste de Alfredo Chaves, 1.006 pessoas tiveram que deixar suas casas e se alojar na casa de parentes ou amigos. Em Vargem Alta, também foi registrado o maior número de desabrigados: 58 pessoas.

Devido à situação, na segunda-feira (20), o prefeito de Alfredo Chaves, Fernando Videira Lafayette, declarou situação de calamidade pública. Até o momento, 17 pontes foram danificadas ou destruídas no município.

O transbordamento do Rio Benevente alagou ruas, destruiu casas e ainda provocou as três mortes registradas na cidade. Estradas vicinais e rodovias estaduais foram atingidas por barreiras, interrompendo integral ou parcialmente o tráfego de veículos.

Os festejos para comemorar os 129 anos de emancipação política da cidade, marcados para a próxima sexta-feira (24), foram cancelados pela prefeitura, que concentrou na Coordenadoria de Defesa Civil os esforços dos  órgãos municipais para atender à população, limpar as ruas e restabelecer os serviços básicos.

Além das mortes registradas em Alfredo Chaves, quatro pessoas morreram em Iconha, 100 quilômetros ao sul de Vitória, por causa da chuva.

Na sexta-feira (17), o nível do Rio Iconha, que corta a cidade, subiu quase 4 metros, transbordando, causando alagamentos e obrigando a Defesa Civil Municipal a pedir para as famílias deixarem suas casas em áreas de risco e buscarem abrigos seguros.

O abastecimento de água foi afetado em parte da cidade e, no domingo (19), a empresa de água e esgoto, Saae, recomendou à população que consuma água com cautela. “Que a água seja utilizada para as necessidades básicas, de higiene, sendo que carros-pipas estarão à disposição das famílias para que seja realizada a limpeza das casas.” A prefeitura também pediu à população que colabore com a doação de materiais de limpeza e de higiene pessoal para as vítimas das enchentes.


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