BRASIL

Manoel Dias diz que PDT vê Observatório da Democracia como inédito para conter retrocessos

Por Walter Santos

O lançamento do “Observatório da Democracia” no próximo dia 31, em Brasília, consolidará processo inédito na articulação político-partidária do Brasil por inexistir algo semelhante. Foi o que afirmou o presidente da Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini, Manoel Dias, em entrevista exclusiva à Revista NORDESTE. Ele observou ainda: ” Os direitos dos trabalhadores e o patrimônio do povo brasileiro correm sérios riscos, assim como a nossa soberania nacional”, frisou.

Eis a entrevista na integra:

Revista NORDESTE – As fundações de estudos políticos de 7 partidos estão se articulando para lançar o OBSERVATÓRIO DA DEMOCRACIA, dia 31 de janeiro, em Brasília. O que significa esse movimento?

Manoel Dias – Significa uma experiência inédita no Brasil. Não há paralelo na história republicana brasileira de tal experimento. O resultado das eleições de 2018, com a direita mais reacionária em ascensão, exige das forças progressistas, além de uma avaliação profunda, um acompanhamento rigoroso. Os direitos dos trabalhadores e o patrimônio do povo brasileiro correm sérios riscos, assim como a nossa soberania nacional.

NORDESTE – Como o PDT trata a recomposição de forças para garantir o Estado Democrático de Direito?

Manoel Dias – O PDT tem em suas diretrizes e ao longo de sua história a marca de luta pela democracia, pela legalidade, pela educação, e pela soberania nacional.

NORDESTE – Onde os ideais passam por Brizola?

Manoel Dias – Assim como dizia, Leonel Brizola, viemos de longe. Entretanto, vale ressaltar que a Fundação Leonel Brizola- Alberto Pasqualini é um órgão de cooperação do partido e tem como missão formar quadros e lideranças políticas que compreendam o Trabalhismo – como uma corrente política transformadora – conectada aos setores populares e progressistas do Brasil e do mundo, tendo como princípios fundamentais: o nacionalismo, a democracia, a soberania nacional e o desenvolvimento econômico sustentável que criam a perspectiva da inclusão social e produtiva do conjunto da sociedade brasileira. Este é o sentido e o objetivo da nossa Fundação.

NORDESTE – De que forma e como o PDT se incorporou ao movimento?

Manoel Dias – Participamos desde 2017 deste debate, em conjunto com as demais Fundações. Foi lançado, em fevereiro de 2018, um documento que apontava para uma base de diálogo e convergência entre os setores sociais, econômicos, políticos e culturais para além das estratégias de cada partido, na disputa eleitoral daquele ano. Temos pontos norteadores e convergentes, dentro do campo progressista, em relação ao futuro do nosso país.

NORDESTE – O que o PDT proporá nesse movimento?

Manoel Dias – O PDT enquanto partido tem clara a sua missão. Tivemos uma candidatura a presidente que apresentou um Projeto Nacional de Desenvolvimento, onde Ciro Gomes liderou nosso partido com as nossas bandeiras. A FLB-AP, órgão de cooperação partidária, contribuirá com a análise crítica sobre os temas que serão abordados no Observatório da Democracia, sempre sob a nossa visão trabalhista, principalmente, na questão da Soberania Nacional.

NORDESTE – Como experiente líder, qual a projeção que o partido faz depois do lançamento do Observatório? Qual o papel fundamental dele?

Manoel Dias – Como uma experiência inédita temos a perspectiva de apresentar para o conjunto da sociedade brasileira e para os próprios partidos, uma análise apurada do governo que se inicia. Além de propor um amplo debate com a sociedade para que acumulemos a força necessária e resistirmos aos ataques contra os direitos do trabalhador e contra a Soberania Nacional.

NORDESTE – Este processo pode significar uma nova fase da política partidária?

Manoel Dias – Os partidos políticos têm suas ambições, suas bandeiras, e seus líderes. Evidente que a unidade das forças progressistas é fundamental, mas é preciso renunciar a luta do hegemonismo, e apresentar um projeto de transformações profundas em nossa sociedade.

NORDESTE – Como assim?

Manoel Dias – O Trabalhismo tem na sua história esta marca. Foi assim com Getúlio Vargas que deu direitos à classe trabalhadora, e inaugurou a industrialização brasileira.
Foi assim com Jango que ousou propor as reformas de base, tão contemporâneas, e por isso sofreu o golpe militar de 64.  Foi assim com Leonel Brizola, que através da educação libertária, de tempo integral, sonhou mudar as estruturas do nosso atraso.E agora com Ciro Gomes e um Projeto Nacional de Desenvolvimento. Nós, trabalhistas, temos História. Nossas digitais estão nas principais conquistas sociais do nosso país, no nosso desenvolvimento industrial e na defesa da soberania.  Contribuiremos e estaremos sempre ao lado do povo brasileiro nas suas grandes lutas. Este é o nosso legado.


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