BRASIL

Marina critica o impeachment e diz sofrer consequências por defender democracia

Em entrevista à Folha de S. Paulo neste domingo (2), a ex-senadora Marina Silva reafirmou que é contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff por não haver provas concretas que justifiquem a medida. “Você não troca de presidente por discordar dele ou por não estar satisfeito. Se há materialidade dos fatos, não há por que tergiversar. Se não há, o caminho doloroso de respeito à democracia tem que prevalecer”, declarou.

A ex-candidata à presidência da República disse ainda que não vai “instrumentalizar a crise” para ampliar o desgaste de Dilma porque defende uma postura de responsabilidade em relação à democracia no país, mesmo que seja cobrada por assumir esse posicionamento. Segundo ela, os políticos devem mais respeito à sociedade e devem evitar ações de “oportunismo”.

Sobre manifestações contra o governo, realizadas no próximo dia 16, Marina afirmou que a população tem o direito de se expressar, mas é preciso cautela quanto às acusações. “Esse protesto não pode antecipar o que a Justiça ainda não concluiu. Uma coisa é o que a sociedade pauta, outra é o que as lideranças políticas têm que ponderar”, observou.

Questionada se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve permanecer no comando da Casa após denúncias de recebimento de propina investigadas pela Operação Lava-Jato, a ex-senadora defendeu o afastamento do parlamentar. “Nenhum de nós está acima da lei, por mais que tenhamos cargos importantes no Congresso. Uma vez denunciado, é óbvio que ele deve ser afastado, sem que isso seja um pré-julgamento. Mas a função que ele ocupa pode criar impedimentos ao andamento das investigações”, destacou.

Revista Fórum


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