BRASIL

Matéria especial aponta desenvolvimento e disseminação da UFCG na Paraíba

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) foi criada em abril de 2002, a partir do desmembramento da Universidade Federal da Paraíba. Hoje é composta por sete campi, além de Campina, a instituição se estende pelas cidades de Pombal, Patos, Sousa, Cajazeiras, Cuité e Sumé. É uma Instituição reconhecida no cenário acadêmico nacional pelo seu padrão de qualidade no ensino, pesquisa e extensão. É considerada referência para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, da educação, das artes e da cultura no Estado e na Região Nordeste.


Com um orçamento em torno de R$ 600 milhões, incluindo aí a folha de pagamento, sendo mais de R$ 100 milhões para as rubricas de custeio e investimento, a UFCG conta com um quadro funcional robusto. São 1.486 professores, 1.466 técnico-administrativos e 1.209 servidores terceirizados. Todos possibilitam que 76 cursos de graduação, com cerca de 17 mil alunos, 11 doutorados, 21 mestrados, 2 mestrados profissionais e 3 mestrados em Rede Profissional, com cerca de 2 mil alunos, possam ser realizados. “O nosso Índice Geral de Cursos (IGC) nos dá conceito 4 (de um máximo de 5) em avaliação do MEC – dado divulgado dia 18 de março de 2016 – nos credenciando com uma das melhores do País e a 7º no Nordeste”, revela o atual reitor José Edilson de Amorim. Além disso, o curso de direito tem selo de qualidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).


A UFCG tem contribuído, ao longo do tempo, na formação profissional e de pesquisa do paraibano. A intenção tem sido mesmo suprir a demanda por profissionais de formação superior. “Além disso, por meio da pós-graduação e da pesquisa, nossa universidade se destaca na alta capacitação de pessoas, em ciências humanas e em tecnologia, capazes de atender às mais diferentes especializações”, pontua Amorim.

O atual reitor da UFCG, José Edílson de Amorim


Entre as áreas de maior destaque na Universidade estão Agronomia, Ciências Agrárias, Ciências Sociais e Tecnologia. Pontos fortes para o desenvolvimento do interior dos estados, essas ciências ajudam a mudar a realidade entorno. Segundo o reitor, é visível a mudança cultural operada pela presença de um campus nas cidades onde a UFCG se implantou. Instalada em regiões semiáridas e com forte tendência a desertificação a UFCG tem atuado efetivamente para desenvolver ações de orientação técnica e de educação nas áreas da agricultura familiar e de economia solidária. Também desenvolve pesquisas sobre as culturas do semiárido, atua com tecnologias de dessalinização de água e de engenharia ambiental para contribuir com a minimização dos problemas causados pelas estiagens prolongadas. Todas essas ações visam minorar uma situação delicada e ajudar a fixar famílias nas suas cidades e, com o tempo, levar desenvolvimento para as regiões.


“A expansão de vagas no ensino de graduação, em regiões interioranas do estado, a presença da pós-graduação e as atividades de pesquisa e de extensão, daí decorrentes, fazem da UFCG um indispensável instrumento de formação e de desenvolvimento para uma importante parcela de paraibanos e nordestinos que vivem distante das capitais”, avalia o reitor.

A Universidade é reconhecida ainda por sua excelência no campo das ciências humanas, sociais e tecnologia.
Pioneira na região por ser a primeira universidade federal do interior nordestino, a UFCG foi a primeira do norte-nordeste a adquirir um computador (na época, um dos cinco do país, em 1968, o IBM 1130). Talvez esse pioneirismo seja um dos motivos para a universidade hoje possuir centros tecnológicos de excelência no interior nordestino em condições para qualificação profissional e atender demandas da indústria, serviços, setor público estadual e municipal.


Em 2013, a instituição foi reconhecida na avaliação de ensino realizada pelo jornal Folha de São Paulo para o curso de Ciência da Computação. O ranking levava em consideração todas as universidades do Brasil. Considerando-se apenas a região nordeste, o curso de computação da UFCG estaria na segunda posição, atrás apenas da UFPE.

Pontes para o mercado
Um dos objetivos da UFCG tem sido sempre o de construir um espaço de diálogo com a sociedade e com os setores produtivos; essa interface com empresas e instituições é constante. Segundo Edilson Amorim, para esta troca de experiências, na transferência de tecnologia ou na busca de soluções para as demandas de setores sociais e industriais, cumprem papel fundamental as parcerias com a ATECEL – Associação Técnico-científica Ernesto Luiz de Oliveira, a PaqTc-Pb – Fundação Parque Tecnológico da Paraíba e, mais recentemente, o CITA – Centro de Inovação Tecnológica Telmo Araújo. "Entre as unidades da UFCG com maior interação com a sociedade, além das unidades já destacadas, reafirmamos a importância dos Centros de Tecnologia e de seus laboratórios, a exemplo do LABDES, no que se refere ao tratamento e à purificação de águas, bem como das atividades de estudo e de pesquisa credenciadas pela EMBRAPII – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, situadas no Centro de Engenharia Elétrica e Informática – CEEI", frisa Amorim. 

Tecnologia de ponta e reconhecimento

Um dos grandes destaques da UFCG é a tecnologia. A instituição tem investido em pesquisa e inovação, sendo referência nacional em muitas atividades tecnológicas como energia, materiais de uso biológico, tratamento de resíduos e de água. Entre as pesquisas que estão sendo desenvolvidas pela instituição que podem ser consideradas de ponta ou que terão um grande impacto na vida das pessoas estão projetos focados na eficiência energética, na área de biomateriais com matéria-prima local, além de soluções arquitetônicas e de engenharia mais acessíveis à população, além de tecnologias para uso agrário e ambiental. Sem falar na assistência tecnológica direta, como a produção de nitrogênio líquido, que atende a uma demanda local e regional. A seguir listamos a atuação três laboratórios, o LSD, o CertBio, e o Laboratório de Tecnologia Agroambiental e seu projeto de reciclagem que têm feito a diferença em Campina Grande.

Laboratório de Sistemas Distribuídos (LSD)


O laboratório completou duas décadas em 2015 e hoje se firma como um dos mais importantes grupos de pesquisa dentro da UFCG. O LSD tem uma estrutura de 550m², 80 pessoas em sua equipe e milhões de reais em investimentos. O Laboratório é coordenado pelo professor Francisco Brasileiro e desenvolve projetos com a Petrobras, a Chesf, empresas de telecomunicações e de informática, caso da HP, entre outras.


Especializada na área da computação chamada de sistemas distribuídos -praticamente engloba quase tudo que é feito em computação com o crescimento da internet. “Pesquisamos sobre aspectos como computação em grade e mais recentemente computação em nuvem, que ainda é um foco importante, sempre com aplicações para o que se chama hoje de E-ciencia”, conta o professor. A E-ciência é um desenvolvimento cientifico calcado no uso intensivo de tecnologia da informação. Seus projetos visam contribuir com o desenvolvimento do software Openstack, que serve para gerenciar os recursos computacionais de provedores de serviço que atuam no modelo de computação na nuvem. Através da atuação do LSD nesses projetos, a UFCG se tornou a Universidade que mais contribui, no mundo, com o desenvolvimento desse tipo de software. Além disso, o LSD estuda formas de utilizar a informação disponível para criar tecnologia, produtos ou aplicações que melhorem a vida das pessoas que moram nos centros urbanos ou diminuam a degradação causada ao meio ambiente.

CERTBIO – REFERÊNCIA EM avaliação e desenvolvimento DE BIOMATERIAIS


O CertBio é um dos três centros de pesquisa do país que testa e certifica próteses mamárias para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Para entender: Biomateriais são elementos ou substâncias – ou uma mistura de substâncias que entram em contato com o meio biológico –, com propósito de substituir, reparar ou tratá-los. Estes materiais po­dem ser de origem natural ou sintética. Um exemplo de biomaterial são próte­ses como lentes de contato, implan­tes, marca-passos e outros diversos equipamentos médicos que facilitam a vida humana. Seus benefícios na saú­de abrangem as mais diversas áreas, se destacando na ortopedia, cardio­logia, oftalmologia e odontologia. O processo de criação/fabricação de um produto de um biomaterial ao seu destino final é marcado por vá­rias etapas padrões, com específicos mecanismos de fabricação e controle da qualidade. Por se tratar de um utilitário que entrará em contato com o meio biótico, esse processo leva em considerações os mínimos detalhes e exige cautela em todas suas fases. Por isso a extrema importância do labora­tório da UFCG.


O CertBio é fruto do trabalho de doutorado do professor Marcus Vini­cius Lia Fook que teve do Fundo Na­cional de Saúde financiamento com re­cursos da ordem de aproximadamente R$ 12 milhões para implementar seu projeto de doutorado. A partir desses recursos, o Cer­tBio se consolidou e conseguiu novos equipamentos. Hoje, os investimen­tos aplicados no CertBio chegam a um total de R$ 18 milhões, segundo professor Lia Fook. O laboratório hoje tem projetos aprovados no Parque Tecnológico da Paraíba, na FAPESQ, CNPq, CAPES, ANVISA, entre outros. Destaca-se a conquista do selo de Laboratório acreditado pelo IMETRO. Sendo o único laboratório no Brasil a possuir acreditação para realizar o ensaio de citotoxicidade em próteses mamárias.

Laboratório de Tecnologia Agroambiental
Em oito anos e meio de trabalho o Laboratório de Tecnologia Agroambiental da UFCG criou uma estrutura para retirar dezenas de pessoas do lixão de Campina Grande e ofereceu condições dignas de trabalho. O projeto teve início em março de 2006 com a ação de separar, coletar e encaminhar material reciclável produzidos na UFCG para catadores – que na época trabalhavam em condições precárias no lixão local.

 

O começo com o visionário Lynaldo Cavalcanti

Nascido em 08 de dezembro de 1932, em Campina Grande, Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque concluiu o curso de Engenharia Civil em 1955, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Retornou para Campina Grande e atuou como Engenheiro calculista e professor da antiga Escola Politécnica (POLI) da Universidade Federal da Paraíba, embrião da atual UFCG, onde entre os anos de 1967 a 1972, exerceu diversas cátedras como professor titular, culminando sua carreira como reitor da instituição, cargo que exerceu de 1976 a 1980.


Criou um enclave do semiárido a partir de Campina Grande, idealizada para ser uma ilha de excelência em produção e disseminação do conhecimento, principalmente em ciência e tecnologia. “Lynaldo Cavalcanti é uma dessas personalidades que dispensam apresentações. No meio acadêmico – mas não só – todos reconhecem a sua importância para o desenvolvimento de Campina Grande e da Paraíba. Mais do que um gestor, o professor Lynaldo foi um empreendedor público, um administrador que, como poucos, soube construir um espaço socialmente relevante entre as instituições públicas de pesquisa, as agências de serviços e os setores da iniciativa privada. O professor foi fundamental para que a nossa cidade conseguisse atrair indispensáveis instituições de formação profissional da mais alta qualificação, abrigando, hoje, universidades, institutos e agências de amparo à pesquisa e à inovação com atuação qualificada em escala nacional”, ressaltou o reitor José Edílson de Amorim.


Muitos apontam Lynaldo Cavalcanti como um desbravador e pioneiro em pesquisa e desenvolvimento tecnológico e consideram inegável que a UFCG é hoje referência tecnológica graças a seus primeiros esforços. Para isso contribuíram a realização de acordos de cooperação,feitos por ele, e intercâmbios com órgãos e instituições nacionais e internacionais de renome, a exemplo da Universidade da Califórnia, Conselho Britânico, agências da Alemanha, França, Canadá e Holanda, e no Brasil com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que mudaram o perfil da instituição, aprimorando-a com a troca de experiências proporcionada pelos professores visitantes, pela contratação de especialistas e pelo treinamento do quadro docente. Se não fosse por Lynaldo, é bem possível que Campina Grande não tivesse hoje os cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Sistemas da Computação. Graças a essas iniciativas, a Paraíba se tornou referência em educação superior e liderança na área de tecnologia nas regiões Norte e Nordeste do País.


Outras realizações do Professor Lynaldo, foram a criação de organismos de apoio e extensão das atividades da Universidade, a exemplo das Fundações de Pesquisa e o fomento ao estudo dos problemas regionais, por acreditar firmemente no potencial local como fator de progresso e desenvolvimento econômico.


A sua passagem pela Presidência do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, entre 1980 e 1985, foi importante e emblemática para a área de ciência e tecnologia, pois promoveu a disseminação de Núcleos de Inovações Tecnológicas e a implantação de Parques Tecnológicos em todo o país, além de implantar programas que proporcionaram uma das mais amplas integrações entre as Universidades, Institutos de Pesquisa e empresas. É desta data a criação do Parque Tecnológico de Campina Grande, um dos mais antigos do país.


Exerceu importantes cargos, dentre eles representante da América Latina e Caribe no Comitê Executivo da World Association of Industrial and Technological Research Organizations (WAITRO), diretor do Centro de Ensino Superior da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica de Manaus, presidente do CRUB-Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras e assessor especial do Ministério da Educação, secretário Executivo da ABIPTI – Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica. A lista de cargos, assessorias e honrarias que recebeu é extensa, mas uma das mais importantes talvez seja o primeiro título de Doutor Honoris Causa outorgado pela Universidade Federal de Campina Grande. O professor se emocionou ao receber a homenagem. “Considero uma homenagem muito especial, já que recebo de amigos com quem trabalhei e convivi por tantos anos”, disse.


Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque é considerado uma lenda e um nome nacional na área de promoção da educação tecnológica, pesquisa e desenvolvimento de ciência e tecnologia. Morreu no dia 6 de janeiro de 2011, em Brasília, aos 78 anos.

 

História de inventividade

Foto do embrião da UFCG, nos primórdios, quando ainda era Escola Politécnica

A Universidade Federal de Campina Grande teve sua origem na década de 1950, com a implantação a Faculdade de Ciências Econômicas (Face) e da Escola Politécnica (Poli). Era o embrião do que viria se tornar depois a universidade, o princípio da educação de nível superior na cidade encravado no agreste paraibano. Posteriormente, houve a ampliação do sistema multicampi da UFPB, que aconteceu a partir de 1976/1980 no reitorado do professor Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, considerado um dos baluartes da UFCG e do processo de interiorização do ensino.


Pela ótica do atual reitor, José Edilson de Amorim, o processo de desmembramento da UFCG em relação a UFPB, foi manifestado pela primeira vez em 1970. Na época chegou a haver a necessidade de expandir a Universidade para o interior do Estado. Nesse novo fôlego para o interior, os destaques foram o Centro de Ciências e Tecnologia e o Centro de Humanidades, em Campina Grande; a área de Ciências Agrárias e de Saúde Animal em Patos; de Ciências Jurídicas, em Sousa e de Formação Docente, em Cajazeiras. Daí para o crescimento da instituição foi natural, devido a qualidade acadêmica e a ampliação de vagas, já na década de 1990. A partir deste impulso começou a ganhar corpo uma pressão para o desmembramento das duas instituições. O antigo Campus II da UFPB, pedia uma administração central própria, independente.


“Foi essa necessidade que se efetivou no primeiro ciclo de expansão das universidades em 2002. Com a expansão patrocinada pelo Governo Federal de 2005 a 2012, a UFCG não parou de crescer. Crescimento de vagas, de docentes e de técnicos, o que vem resultando no crescimento da qualidade com a ampliação dos cursos de pós-graduação em quase todos os Campus da universidade”, conta Amorim.


Após o desmembramento a Universidade cresceu mais – as discussões começaram em 1996, mas, essa sinalização já havia desde 1975 – – na época havia apenas os Campi de Campina, Patos, Sousa e Cajazeiras. Decorridos 14 anos de sua criação, a UFCG hoje é uma Instituição reconhecida no cenário acadêmico nacional pelo seu padrão de qualidade expresso no ensino, pesquisa e extensão. Desfrutando de prestígio e reconhecimento nacional e internacional.
 

Excelência e tradição na expansão do ensino

A excelência da Universidade abrange áreas de ensino como pedagogia, arquitetura, direito e engenharia de petróleo. Além destes cursos, outros cursos fazem a tradição do Centro de Humanidades, como Administração, Arte e Mídia, Economia, História, Letras, Pedagogia, Sociologia.


Outros cursos também são destaque no ensino da Universidade Federal de Campina Grande. Ainda que razoavelmente recentes, os de Comunicação Social, Filosofia e de Música, também despertam interesse pela qualidade docente e pela inegável inquietação acadêmica.


“Igualmente, cumpre relembrar os cursos que estão na base da criação da UFCG, hoje oferecidos pelo CCT, pelo CEI e pelo CTRN, como Engenharia Elétrica, Ciência da Computação, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Design, Engenharia de Materiais, Engenharia Química, Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Agrícola, Engenharia de Alimentos, sem deixar de mencionar os bacharelados em Física e em Matemática, ambos de excelente desempenho acadêmico no ensino, na pesquisa e na extensão universitária”, ressalta Amorim. 

 

O zelo permanente com a classe estudantil

Ao longo destes 14 anos de criação, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) ampliou o número de vagas ofertadas em seus cursos de graduação possibilitando que milhares de estudantes tivessem acesso a um Ensino Superior de qualidade. Uma das preocupações da instituição é garantir que os estudantes, sobretudo os carentes, uma vez dentro da universidade, tenham condições de permanecer e concluir a graduação. Um dos programa que visam a permanência destes estudantes é o Programa Restaurante Universitário (RU), que tem por finalidade o preparo e distribuição de refeições, oferecendo aos estudantes uma alimentação de qualidade Os restaurantes funcionam no sistema de buffet com variações diárias de cardápios, estabelecidos por nutricionistas, a partir de critérios que garantem uma dieta equilibrada.


O programa está presente em todos os campi da UFCG (Campina Grande, Cajazeiras, Sousa, Pombal, Patos, Sumé e Cuité) e esses restaurantes servem diariamente, em média, 4.800 refeições. Só em Campina Grande é garantido uma média de 1.200 almoços e 800 jantares diários, o que já é um fato histórico dentro da universidade, uma das poucas no país que oferece o serviço totalmente gratuito aos estudantes.


O subsídio para oferecer os serviços dos restaurante vem do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), que tem como principal objetivo ajudar na permanência do aluno de baixa renda dentro das universidades e instituições federais do país. Essa verba é oferecida pelo Governo Federal para prestar assistência estudantil não só com alimentação, mas também nos quesitos de moradia, bolsas de programas, saúde, transporte, dentre outros, como forma de erradicar a evasão de alunos.

Investimento
Segundo o pró-reitor de Assuntos Comunitários (Prac), Edmilson Lúcio de Souza Junior, foram investidos no ano de 2015 cerca de R$ 3 milhões no RU. O orçamento para 2016 é de R$ 5 milhões.

Ampliação
Ainda segundo o pró-reitor este ano o restaurante do campus de Campina Grande terá seu refeitório ampliado, dobrando a capacidade de atendimento – diminuindo o tempo de espera na fila, com uma segunda entrada. Ainda este semestre será inaugurado o RU do campus de Pombal e o de Sumé (CDSA) foi concluída a construção e está sendo providenciada a aquisição de equipamentos para funcionamento no início do próximo ano.

Alimentação, preocupação permanente
Antes mesmo da existência do Pnaes, que tem recursos específicos pra auxiliar na manutenção dos estudantes na universidade, a UFCG já considerava a alimentação prioridade desde a época que ainda era campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).


De acordo com o pró-reitor, há sim essa necessidade e ela é mais urgente e mais crescente pela mudança no perfil dos alunos de graduação. “Essa mudança ocorreu com as novas formas de entrada, ampliadas através do Reuni, novos cursos, novas oportunidades e novos desafios com o acesso de estudantes com vulnerabilidade socioeconômica em maior número dentro da universidade.


Ampliação do Serviço em 14 anos fez com que houvesse um salto de 1995 refeições diárias servidas em 2002, para 4800 refeições diárias em 2015.

 

Polos de ensino

Campina Grande
Presença em todas as áreas, menos jurídicas – ciências humanas e sociais, arte e criatividade, saúde, ciência e tecnologia 

Cuité
Formação em física, química, matemática, biologia, farmácia e enfermagem

Sumé
Cursos de Licenciatura em Educação do Campo, Licenciatura em Ciências Sociais, Superior de Tecnologia em Gestão Pública, Superior de Tecnologia em Agroecologia, Engenharia de Biossistemas, Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos e Engenharia de Produção

Patos
Curso de Medicina Veterinária, Engenharia Florestal, Biologia e Odontologia.

Pombal
Curso de Agronomia, Engenharia Ambiental, Engenharia de Alimentos e Engenharia Civil.

Sousa 
 Curso em Direito, Administração, Serviço Social e Contabilidade

Cajazeiras
Todos os cursos, inclusive Medicina

Conceito de alto nível

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) pontua regularmente cursos oferecidos pelas universidades. Notas 6 e 7 são atribuídas a cursos com equivalentes aos dos mais importantes centros internacionais de ensino e pesquisa. Nota 5, cursos de alto nível de desempenho – maior conceito para programas de mestrado. Nota 4 para bom. 

Confira notas da UFCG (alguns cursos)

4
• Ciência da Computação
• Zootecnia
• Recursos Naturais
• Matemática
• Engenharia Química
• Engenharia Civil e Ambiental

5
• Ciência e Engenharia de Materiais
• Engenharia Agrícola
• Medicina Veterinária
• Meteorologia

6
• Engenharia Elétrica 


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