BRASIL

Mercado revê projeção para crescimento da economia de 1,63% para 1,5%

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção para ao crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 1,63% para 1,50%.

A redução ocorreu após a divulgação do crescimento do PIB no primeiro trimestre deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 0,2%, comparado com o quarto trimestre de 2013. Para 2015, também houve redução na projeção para expansão do PIB, que passou de 1,96% para 1,85%. A estimativa para o crescimento da produção industrial passou de 1,40% para 1,24%, este ano, e permanece em 2,20%, em 2015.

A pesquisa do BC também mostra que o mercado financeiro não espera mais por aumento da taxa básica de juros, a Selic, este ano. Na semana passada, o mercado financeiro esperava por mais um aumento 0,25 ponto percentual na Selic, mas essa alta ocorreria somente em dezembro. A Selic foi mantida em 11% ao ano por decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, na última quarta-feira (28). A Selic havia passado por nove altas seguidas em reuniões anteriores do Copom.

Entretanto, em 2015, os analistas das instituições financeiras esperam que a Selic volte a subir. A expectativa é que a taxa básica chegue ao final de 2015 em 12% ao ano.

A Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

Ao manter a Selic no mesmo patamar, a sinalização é que as elevações anteriores foram suficientes para provocar os efeitos esperados na economia. O BC tem reiterado que os efeitos de alta da taxa básica se acumulam e levam tempo para aparecer.

O BC precisa encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. O centro da meta definido pelo governo é 4,5%, com limite superior de 6,5%.

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está próxima do teto da meta. De acordo com a estimativa das instituições financeiras, o índice deve fechar o ano em 6,47%, a mesma previsão da semana passada. Para 2015, a projeção foi levemente ajustada de 6% para 6,01%.


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