BRASIL

Ministro da Justiça diz que pedirá ao STF extradição de Pizzolato

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira (5) que encaminhará ao STF (Supremo Tribunal Federal) o pedido de extradição de Henrique Pizzolato da Itália para o Brasil. O ex-diretor do Banco do Brasil, único condenado no mensalão que estava foragido, foi preso hoje em uma cidade italiana por porte de documento falso. Pizzolato fazia parte da lista de procurados da Interpol. “[Pedir a extradição] é nosso dever e assim o faremos. Comunicaremos a prisão ao Supremo Tribunal Federal e tomaremos todas as providências”, disse Cardozo.

Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro no processo do mensalão, Pizzolato foi o único dos condenados com mandado de prisão expedido a não se entregar à Polícia Federal e entrou na lista de procurados pela Interpol, organização internacional de auxílio às polícias, em mais de 190 países.

Na época da fuga, pessoas próximas indicaram que ele teria ido ao Paraguai, passado por Buenos Aires e, de lá, embarcado para a Europa, com o destino final sendo a Itália.

Pizzolato, que é brasileiro, também tem a cidadania italiana. Pela legislação em vigor naquele país, ele não é obrigado a entregar um nacional que seja alvo de processo de extradição. Apesar desse obstáculo, a procuradora-geral interina, Ela Wiecko de Castilho, defendia a ideia de que o Brasil peça formalmente a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil.

Já foragido, o executivo havia divulgado uma carta no fim do ano passado em que se diz perseguido e injustiçado no Brasil. "Fui necessário para que o enredo fizesse sentido", diz Pizzolato na carta. Entre os principais trechos do texto, ele disse: "Nos últimos anos minha vida foi devassada e não existe nenhuma contradição em tudo que declarei quer seja em juízo ou nos eventos públicos que estão disponíveis na Internet."

iG


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