PERNAMBUCO

Movimentos Sociais pressionam Paulo Câmara contra o golpe

Diversas centrais sindicais, comandadas pela Central única dos Trabalhadores (CUT), além de movimentos sociais, estão preparando uma carta para ser entregue ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), a se posicionar de forma contrária ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Câmara é vice-presidente nacional do PSB e a legenda anunciou, nesta semana, que irá votar pelo afastamento da presidente.

"Respeito à história de Miguel Arraes de Alencar, a história do partido. Não pode ficar nessa postura contraditória e vergonhosa que está conivente com o golpe", cobrou o presidente da CUT, Carlos Veras. Segundo ele, os movimentos estão tentando agendar uma reunião com o o governador, mas caso isso não seja viabilizado, uma caminhada até o Palácio do Campo das Princesas deverá ser realizada.

Veras destaca que a postura de Câmara mudou ao longo do processo de impeachment. No início, o PSB optou por se manter aparentemente neutro, mas nesta semana o partido decidiu apoiar a abertura do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados. "Então vamos fazer uma cobrança pública para que ele mude de posição ou volte a sua posição originária" afirmou Veras.

"Ele está no mesmo palácio que foi tão honrado pela coragem e altivez do Doutor Arraes [ex-governador Miguel Arraes], que recusou¬-se a renunciar e botou vice no lugar dele", lembrou o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro.

O PSB rompeu uma aliança histórica com o PT em setembro de 2013, quando lançou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em um acidente aéreo, à Presidência da República. Com a morte de Campos, o partido lançou a ex-senadora Marina Silva ao cargo e apoiou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no segundo turno das eleições presidenciais.


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