BRASIL

“Não vou manchar minha história por causa da cloroquina”, diz Teich após pedido de demissão do governo Bolsonaro

O ministro da Saúde, Nelson Teich, que pediu demissão nesta sexta-feira (15), afirmou que esse foi o “dia mais triste” da sua vida. Segundo ele, mesmo exercendo a chefia da pasta que pode salvar a vida de milhões de brasileiros  nesse momento de pandemia do novo coronavírus, não há como permanecer em um cargo apenas por “status” e negar um juramento ético apenas para indicar o uso de um medicamento que não tem sua eficácia comprovada por “ego” do presidente Jair Bolsonaro, que insiste na ideia.

“Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina”, afirmou ele, que tem discordâncias com o presidente, favorável o uso do medicamento contra à Covid-19. A declaração foi dada a CNN Brasil.

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Bolsonaro alega que “é direito do paciente” decidir sobre o seu tratamento. Vale ressaltar que a Apsen, empresa farmacêutica responsável pela produção do remédio, tem como dono um eleitor bolsonarista, o empresário Renato Spallicci.

Nesta semana, Bolsonaro “emparedou” o ministro. “Votaram em mim para eu decidir, essa decisão passa por mim. Acredito no trabalho dele, mas essa questão eu vou resolver”, disse ele, que não tem formação na área médica.

É o segundo ministro da Saúde que deixa o governo em plena pandemia do coronavírus. Luiz Henrique Mandetta saiu do cargo, após divergências com Bolsonaro, que diferentemente do ex-ministro, defende a reabertura de algumas atividades econômica e classificou a covid-19 como uma “gripezinha”.


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