O peso de 64 anos da única experiência do Brasil como país sede de uma Copa do Mundo está nas costas de 23 jogadores, mas em especial de seu camisa 10. É claro para os jogadores da seleção brasileira e até para o técnico Luiz Felipe Scolari que Neymar é imprescindível para se alcançar o sexto título mundial, o primeiro como país-sede. Mas Neymar dispensa os rótulos e sonha em ser apenas o melhor dos coadjuvantes.

"Não quero ser o melhor jogador, o artilheiro, só quero o título. Sempre sonhei com esse momento e o que mais quero hoje é o título. Conquistas individuais, se tiverem que acontecer vão acontecer, mas o que mais quero hoje é ser campeão junto com minha equipe”, disse o jogador numa disputa entrevista coletiva para mais de 500 jornalistas de todo o mundo na Arena Corinthians, palco da abertura.

O jogador tinha apenas 10 anos na última conquista do Brasil, em 2002. Cortou o cabelo como Ronaldo, e ficou como Cascão na final contra a Alemanha no Japão. Em 1994, ano do tetra, tinha dois, e não se lembra de Romário. Mas os dois são a inspiração do camisa 10 do Brasil às portas da maior competição da sua vida aos 22 anos.

“Romário e Ronaldo. São os dois craques que quando falam de Copa e eu lembro muito. Principalmente por 2002. Me espelho neles, não só neles. Mas fiz o cabelo do Ronaldo em 2002”, disse Neyumar. Ele citou outros craques mundiais que podem ser destaque nesta Copa. “Messi e Cristiano Ronaldo são craques, ídolos, mas eu espero trilhar meu caminho de vitória e sucesso junto com minha equipe nessa Copa”.

Fã incondicional de Cristiano Ronaldo, Felipão também deu seu pitaco sobre quem será o craque da Copa e foi na linha de Neymar. O craque não será reconhecido por suas proezas individuais, mas sim pela conquista do título. “O craque será o campeão. Não adianta ser o craque se não for campeão. O objetivo de todas as 32 seleções e a que tiver um campeão, será o craque”, disse o técnico.