NORDESTE

NO/NE ficam fora do ranking dos 10 estados brasileiros mais competitivos

Qualidade da segurança pública, educação e saúde. Nível de emissão de CO², infraestrutura e solidez fiscal. Esses são alguns dos índices medidos para elencar os estados mais competitivos da federação, organizado pela CLP – Liderança Pública. Na lista dos 10 estados com melhor avaliação média desses pilares em 2019, nenhum estado do Norte e Nordeste foi listado.

O levantamento, que foi divulgado hoje (18), mostra São Paulo na primeira colocação, mesma posição que o estado estava no ranking de 2018. Na sequência aparecem Santa Catarina, Distrito Federal e Paraná.

Na edição de 2018 o estado da Paraíba era o único nordestino entre os 10 melhores colocados. Outro destaque na passagem do ano passado para este ano foi o Rio de Janeiro, que foi da 13ª para 10ª colocação.

O maior salto, no entanto, foi do Rio Grande do Norte, que passou da 19ª posição para 15ª. O motivo para alta foram os indicadores relacionados à solidez fiscal do estado – quando avaliado só esse quesito, o estado foi da 23ª para a 9ª colocação.

Quem figura entre os dez primeiros pela primeira vez é o Mato Grosso, estado do Centro-Oeste. “O uso de dados para tomada de decisão e priorização política precisa ser incentivado. É o que fazemos com o ranking. Também estimulamos a troca de experiências entre os estados”, afirma Luana Tavares, diretora executiva do CLP.

De acordo com ela, o ranking usa como base 69 indicadores distribuídos por dez áreas-chave: Sustentabilidade Ambiental, Capital Humano, Educação, Eficiência da Máquina Pública, Infraestrutura, Inovação, Potencial de Mercado, Solidez Fiscal, Segurança Pública e Sustentabilidade Social.

No quesito sustentabilidade, inclusive, o destaque negativo foi o Amazonas, que caiu da 6ª posição em 2018 para a 18ª neste ano. Segundo o relatório, a queda está ligada à piora na performance do em temas como provisão de serviços de limpeza, qualidade da destinação do lixo e índice de perda de água durante sua distribuição para a população. O primeiro lugar desde 2015 é ocupado pelo Distrito Federal que performa bem em todos indicadores do pilar com exceção de qualidade da destinação do lixo.

No que diz respeito a emissões de CO², estados do Norte e do Centro-Oeste ocupam as últimas posições. Para obter os resultados dos estados no pilar de Sustentabilidade Ambiental, foram utilizados dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), do SEEG/OC (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima) e do IBGE.

Violência

Apesar do Rio de Janeiro ter retornado às dez primeiras colocações do ranking geral, ele se manteve na 23º posição no pilar de segurança pública. A categoria é composta por nove indicadores , entre eles atuação do sistema de Justiça Criminal, déficit carcerário, mortes a esclarecer, segurança pessoal mortes ocorridas no trânsito.

O estado mais violento da federação é Roraima, no Norte do Brasil. Desde 2017, RR caiu 20 posições no pilar de Segurança Pública. As razões para isso são a piora constante do estado em indicadores como déficit carcerário, mortalidade no trânsito, segurança pessoal. Em outros, como morbidade no trânsito e qualidade da informação de criminalidade, a performance também é ruim.

O posto de estado mais seguro do Brasil é de Santa Catarina, que ocupa a posição que até ano passado era de São Paulo – que caiu da primeira para a terceira posição, registrando sua pior colocação desde 2015. Já Alagoas, no Nordeste brasileiro, foi o estado que mais subiu posições, saindo da 18º colocação no ano passado para a 12ª. Vale lembrar que, em 2015, o estado era o mais violento do Brasil.

Educação

Assim como em 2018, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina permanecem, respectivamente, nas três primeiras colocações do Ranking de Competitividade dos Estados., Nota-se contínua melhora do Ceará no pilar. O estado subiu cinco posições desde 2015 e está na quinta colocação no Pilar Vale ressaltar que o Ceará é o único estado do Nordeste entre os dez primeiros nesse pilar.

No pilar, o CLP – Liderança Pública avalia indicadores como taxa de atendimento ao ensino infantil e as taxas de frequência dos estudantes do ensino médio e fundamental. A fonte das informações para elaborar as pontuações dos estados nesses indicadores é a PNAD/IBGE (Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Amapá e Pará, ambos no Norte, foram os estados com pior performance no pilar.

Inovação

No pilar de Inovação destaca-se a melhora de alguns estados do Norte e Nordeste nesse pilar. Rondônia, por exemplo, subiu 11 posições em 2019. Alagoas e Amapá também tiveram melhora significativa subindo, respectivamente, 11 e 10 posições.

O item é composto por quatro variáveis. Investimentos públicos em P&D, número de patentes concedidas, proporção de bolsistas fazendo mestrado e doutorado além de empreendimentos inovadores por 1 milhão de habitantes.

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Istoé Economia


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