BRASIL 247 – O papa Francisco, que já recebeu Pompeo em outubro do ano passado, não recebe personalidades políticas em meio a campanhas políticas, para evitar qualquer tipo de instrumentalização ante as próximas eleições nos Estados Unidos, entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden.
Na Secretaria de Estado discute-se uma das questões mais difíceis que suscitaram um distanciamento nas relações entre Estados Unidos e Vaticano: a aproximação da Santa Sé e da China, informa a publicação Religión Digital, traduzida no Brasil pelo boletim da Unisinos.
Há alguns dias, o secretário de Estado norte-americano utilizou um artigo na revista “First Things” para convidar o Papa a não renovar o acordo com Pequim que regeu as relações nos últimos dois anos, com especial referência à nomeação de bispos.
Publicar nesta revista não foi por acaso, porque se trata de uma publicação com forte presença de informação religiosa. Seu fundador, Richard John Neuhaus, era pastor luterano e depois se converteu ao catolicismo e, pouco depois, foi ordenado padre por João Paulo II, assessorou George W. Bush e mantém críticas ao atual pontificado.
O artigo foi publicado nas vésperas do vencimento do acordo, e agora o Vaticano e a China têm um mês para realizar uma renovação de dois anos, mas a Santa Sé não terá problemas para isso.
No artigo, Pompeo questiona o acordo e diz por que, em sua opinião, a Santa Sé deveria renunciar a ele, já que colocaria em perigo sua autoridade moral se o renovar. Uma interferência que não agradou o Vaticano, segundo alguns meios de comunicação.
Na agenda de Pompeo em Roma, está prevista uma reunião com o primeiro-ministro Giuseppe Conte e o ministro de Relações Exteriores, Luigi Di Maio, “para discutir a relação bilateral entre Estados Unidos e Itália, as respostas à Covid-19 e nossos esforços para enfrentar as ameaças de segurança compartilhadas e promover a estabilidade regional”, descreve um comunicado oficial.
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