BRASIL

Parente ameaça subir gasolina se não puder vender ativos

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, subiu o tom na defesa da venda de ativos da Petrobras a preço de banana, barrada no TCU (Tribunal de Contas da União) por suspeita de irregularidades. Para ele, se a venda de ativos da companhia não continuar, será preciso arranjar outra solução, como o aumento de preço da gasolina; “Teríamos que voltar a fazer ajustes nas outras três variáveis, que são a política de preços (dos combustíveis), investimentos e custos” , afirmou ele.

Questionado, Pedro Parente se recusa até a discutir outras opções: "Este programa não é uma alternativa, não é uma escolha. Ele é uma necessidade, a gente precisa desse programa".

Em meio à uma guerra de liminares, a Justiça deve se pronunciar amanhã sobre o assunto

Em entrevista a Miriam Leitão e Ramona Ordoñez em O Globo, Parente classificou de "reações ideológicas" os argumentos usados, inclusive por sindicatos, para se opor à venda de ativos da Petrobras.

"O TCU quer melhorar as características do nosso programa para se adequarem melhor aos princípios constitucionais. E o TCU tem divergência antiga com relação ao decreto que deu à Petrobras um regime especial para realizar suas compras."

Parente reafirmou o interesse de empresas estrangeiras no pré-sal:

"Estive num evento em Houston semana passada e vi o grande interesse no pré-sal. Temos feito um trabalho de mostrar que, em relação à Lava-Jato, a Petrobras foi vítima. Quem se beneficiou foi um número reduzido de executivos da empresa, um grupo de empreiteiras e um grupo de maus políticos. Em relação ao interesse no Brasil, é total. As áreas de exploração que provocam maior interesse são o shale gas americano e o pré-sal brasileiro. As mudanças que o governo introduziu na regulação aumentaram o interesse."


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