BRASIL

Passe Livre não participa de reunião, mas divulga trajetos de protestos em SP

O Movimento Passe Livre (MPL) divulgou os trajetos dos dois protestos contra os aumentos das tarifas do transporte público convocados para as 17h de hoje (14) na capital paulista. Este será o terceiro dia de protestos desde que as passagens de ônibus e metrô foram reajustadas de R$ 3,50 para R$ 3,80.

Uma das manifestações sairá do Theatro Municipal, no centro, seguirá em direção a prefeitura, passará pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, subirá a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio e se encerrará na Avenida Paulista. O segundo ato deixará o Largo da Batata, zona oeste, em direção à Praça Panamericana, atravessará a ponte da Cidade Universitária e seguirá pela Avenida Vital Brasil para terminar no Metrô Butantã.

Os representantes do movimento não compareceram hoje à reunião marcada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para tratar do trajeto das manifestações. Além de integrantes do MP-SP, participaram do encontro representantes da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da prefeitura de São Paulo. A ideia do MP-SP era mediar uma conversa entre os manifestantes e as autoridades, de modo a chegar a um acordo sobre os trajetos dos protestos.

De acordo com procurador-geral de Justiça do estado, Márcio Elias Rosa, a ausência de representantes do MPL não deve ser vista como uma recusa ao diálogo, porque o comunicado foi feito na tarde de ontem (13). “Eles não terem comparecido hoje não quer dizer que não venham na segunda-feira ou em outra ocasião. Mas não há como mediarmos um diálogo se alguma das partes não quiser. É essencial que todos exponham suas ideias.”

O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, reiterou que o direito à manifestação está garantido, desde que seja feita a prévia comunicação e com a proibição do porte de armas. “Deve haver prévia comunicação para que as autoridades de trânsito, transporte e segurança possam adequar o local para garantir o direito de milhões de transitarem livremente e não serem prejudicados. Se não formos comunicados sobre o trajeto, vamos delimitar o local”, reafirmou.

N manifestação convocada pelo MPL na terça-feira (12), o protesto foi reprimido antes de deixar a concentração na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, região central da capital. Os manifestantes pretendiam seguir até o Largo da Batata, zona oeste, passando pelas avenidas Rebouças e Faria Lima. No entanto, o policiamento autorizou a manifestação apenas em direção ao centro.

Por volta das 19h30, parte dos manifestantes tentou driblar o forte policiamento para seguir em direção ao Largo da Batata, correndo no sentido da Avenida Rebouças, momento em que a polícia começou a disparar bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral e a bater com cassetetes nos manifestantes.

De acordo com o movimento, pelo menos 20 manifestantes foram feridos por estilhaços de bombas e balas de borracha e precisaram ser encaminhados a hospitais da região. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) coletou nove relatos de jornalistas agredidos pelas forças policiais enquanto faziam a cobertura do protesto.

Agência Brasil


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