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PF apreende R$ 85 milhões em empresa e prende gerente no Recife

A Polícia Federal apreendeu R$ 85 milhões em real e moedas estrangeiras nessa quarta-feira (21) em operação deflagrada para reprimir crimes contra o Sistema Financeiro Nacional em Pernambuco e São Paulo. As empresas estão sendo investigadas pela Delegacia de Combate aos Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos (Delefin) pelos crimes de Caixa 2, instituição financeira clandestina e lavagem de dinheiro.

No Recife, o gerente de uma empresa de segurança de transporte de valores que fica na Avenida Recife, no bairro da Estância, na Zona Oeste da cidade, foi preso em flagrante. A Polícia Federal não revelou o nome do profissional, a pedido do advogado dele, mas informou que o gerente, um carioca de 46 anos, mora no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e não tinha antecedentes criminais.

Ele foi autuado pelo crime de instituição financeira clandestina, que prevê pena de até quatro anos de reclusão. Após pagar fiança no valor de R$ 1.576, o gerente foi liberado e responderá ao processo em liberdade. A polícia constatou que a empresa atuava além dos limites legais, promovendo operações de câmbio nas suas dependências a pedido de instituições financeiras brasileiras.

A PF investiga agora se as operações estão registradas na contabilidade oficial, bem como se a empresa de segurança continua desenvolvendo atividades de instituição financeira sem a devida autorização do Banco Central. O órgão federal também realizou buscas em uma loja localizada no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes. Em São Paulo (SP), a polícia atuou em um banco.

Estão entre o dinheiro apreendido dólares americanos, australianos e canadenses, francos suíços, libras esterlinas, euros, ienes, pesos argentinos, chilenos, mexicanos, colombianos e uruguaios, randezar (África do Sul), iuans (China), coroas norueguesas, dinamarqueses e suecas.

As moedas estrangeiras (R$ 60 milhões) foram encaminhadas ao Banco Central, onde serão custodiadas. Os R$ 25 milhões na moeda brasileira ficarão sob a responsabilidade do representante da empresa, através de termo de fiel depositário, até decisão da Justiça Federal.

Um computador, planilhas e material de informática também foram apreendidos, que passarão por perícia técnica para dar prosseguimento às investigações. Vinte e quatro policiais federais foram empregados nos dois estados para a segunda fase da "Grande Truque".

A primeira fase da Operação "Grande Truque" foi realizada em abril do ano passado, quando a PF apreendeu mais de R$ 22 milhões na empresa de segurança de transporte, para checar a procedência da quantia. O objetivo é desarticular uma organização criminosa internacional de doleiros.

Na época, também foram recolhidos computadores para análise das movimentações de câmbio. Este ano, a PF já havia autuado a empresa de segurança por conduta ilícita, com pena prevista de encerramento das atividades no Estado. 

NE10


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