BAHIA

“Plano Temer é uma aberração neoliberal”, afirma deputado baiano

No dia do aniversário de 50 anos do PMDB, o deputado Jorge Solla (PT-BA) comemorou o rompimento do partido com o governo Dilma Rousseff. "Deu um presente para a população brasileira, é a melhor notícia que poderíamos ter. Tirando as exceções que confirmam a regra, o PMDB nunca teve com o governo uma postura de aliados, de companheiros, de confiança e de diálogo".

Solla destacou que as diferenças ideológicas entre os dois partidos ficaram evidentes com a divulgação da 'Ponte para o Futuro', o chamado 'Plano Temer', que prevê, segundo ele, medidas neoliberais para a economia.

"É uma aberração neoliberal. Fala de privatizações, entrega do pré-sal, fim das vinculações de recursos para saúde e educação, cortes em áreas essenciais. Uma série de medidas que nem o PSDB teria coragem de apresentar numa eleição. O povo jamais elegeria um projeto que Michel Temer está apresentando para sua sanha golpista, é um projeto que tenta apoio dos bancos e da Fiesp para o golpe", criticou.

O deputado comparou a situação nacional com o caso do rompimento do PMDB com o governo da Bahia na gestão de Jaques Wagner. Ele avalia que em nível nacional, o efeito será similar.

"O PMDB se travestiu de aliado, demos espaços para eles, eles cresceram, romperam e tentaram derrubar o governador Jaques Wagner. Se deram muito mal. Foram derrotados nas urnas duas vezes e viraram coadjuvante da oposição, minguaram, e o governo Wagner deslanchou. Acontecerá o mesmo com o governo Dilma", disse Solla.

Ele se refere a Geddel Vieira Lima, que saiu derrotado nas eleições de 2010 e 2014, quando disputou os cargos de governador e senador, respectivamente.

O petista critica o vice-presidente Michel Temer, que assumiu o comando das negociações em favor do impeachment.

"Temer é o capitão do golpe. Está despudoradamente conspirando contra a presidente Dilma. Ele está oferecendo cargos para tentar negociar votos, prometendo o que não tem para dar, como se essa fosse uma disputa política legítima, do jogo político. Não é. Um vice-presidente da República não pode se prestar este papel. É uma traição em quem se confiou, de quem se esperava uma postura ética. É a demonstração de que esse senhor não tem envergadura moral para ocupar o cargo que ocupa, tampouco pra presidir o país".


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