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Polícia indicia quatro por envenenamento de cães em Maceió

Quatro pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil, acusadas do envenenamento e morte de cães atendidos pelo Núcleo de Educação Ambiental São Francisco de Assis (Neafa), em dezembro de 2014. O inquérito foi concluído pela delegada Talita de Aquino, titular do 25º Distrito Policial. As investigações apontaram que os administradores da ONG, Pallova Welmanny Mendes da Costa e Ervivaldo Emídio da Silva, e os representantes legais da instituição, Ismar Malta Gatto (fundador) e Davi Nogueira Gatto, são os responsáveis pelo crime. Cerca de 30 animais foram envenenados, sendo que 12 deles morreram.

De acordo com a assessoria da PC, testemunhas informaram que, por ocasião da morte de animais assistidos na ONG, estes eram enterrados, na gestão de Pallova e Erivaldo, em um terreno ao lado da sede do Neafa, com os administradores chegando a cobrar, ainda, cerca de R$ 40,00 dos donos dos animais lá atendidos.

As testemunhas também afirmaram que, caso os funcionários da ONG denunciassem as eutanásias irregulares praticadas no Neafa, estes seriam demitidos.

Com isso, a delegada solicitou ao Instituto de Criminalística (IC) uma avaliação do terreno, realizada por uma médica veterinária, que constatou a existência de várias carcaças de animais e alertou para a possibilidade de contaminação da água do lençol freático e do solo.

De acordo com as investigações, ficou constatado que o Neafa não possui autorização ambiental para manter um cemitério de animais em sua sede, razão pela qual violou as normas de proteção ao meio ambiente. Segundo Pallova, Erivaldo e Ismar, os funcionários do Neafa também tinham consciência do delito. Ao testemunharem, todos admitiram a existência do cemitério ilegal, em área urbanizada e residencial, o que configuraria em crime de perigo abstrato para a saúde pública e o meio ambiente.

Inicialmente, o crime foi investigado pelo delegado Gustavo Pires, mas os laudos toxicológicos providenciados pela ONG para identificar o tipo de substância utilizada para envenenar os cães só foram entregues à Polícia Civil no mês de julho deste ano.

No inquérito policial que foi encaminhado à Justiça, com o depoimento de funcionários da instituição e de vizinhos do Neafa, consta também a Lei de Crimes Ambientais, que prevê aumento da pena em caso de maus tratos contra animais, seguidos de morte.

Brasil 247


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