BAHIA

Polícia Rodoviária e Ibama fazem resgate de 900 animais na Bahia

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) realizou a Operação Azul Cobalto nos últimos dias de abril, com os objetivos de coibir a criação ilegal e o tráfico de animais silvestres, promover ações de educação ambiental durante as fiscalizações, resgatar animais silvestres que estejam em condições de maus-tratos, apreender utensílios e apetrechos utilizados na criação ilegal, na caça predatória e no tráfico de animais silvestre.

A operação se deu na região norte da Bahia, em Euclides da Cunha e cidades vizinhas.

Estudos mostram que o tráfico de animais silvestres é hoje a terceira maior atividade ilegal do mundo, perdendo apenas para o de drogas e de armas.
O comércio ilegal de animais silvestres está associado a problemas culturais, de educação, pobreza, falta de opções econômicas, pelo desejo de lucro fácil e rápido, e por status ou satisfação pessoal de manter animais silvestres como se fossem de estimação.

Na região Norte do Estado a criação de animais silvestres ainda é considerada uma prática comum, muitas vezes fazendo parte da cultura local.

Aproveitando-se desta cultura ilegal perante à legislação ambiental, muitos traficantes de animais silvestres se instalam na região, onde diversas espécies são retiradas da natureza para alimentar esta rede criminosa, ressaltando-se o comércio ilegal de espécies ameaçadas de extinção, a exemplo da arara-azul-de-lear.

A cada ano a PRF, em conjunto com outros órgãos ambientais e parceiros, vem intensificando as ações de combate a este crime ambiental, tanto com ações repressivas visando coibir o tráfico de animais silvestres e também o cativeiro ilegal de espécimes nativas, como desenvolvendo ações preventivas através de Educação Ambiental.

Ao todo nesta ação, 870 animais silvestres foram resgatados, os quais passarão pela avaliação de especialistas, sendo adotadas as medidas necessárias para cada caso, com objetivo de restabelecerem condições de serem reintegradas à natureza, com devido monitoramento.

Destacamos o resgate de um filhote de arara-azul-de-lear com suspeita de ter sido atingido por disparo de arma de fogo, ele estava com um ferimento e precisou ser removido de Euclides da Cunha/BA para o CEMAFAUNA, em Petrolina/PE, onde passou por avaliações e passa bem.

Essa espécie é endêmica na região do Raso da Catarina, mas ainda se encontra ameaçada de extinção pelo seu alto valor comercial na rede de tráfico de animais silvestres. Além disso, muitos agricultores ainda tentam manter as plantações de milho disparando contra as araras.

Tribuna da Bahia


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