O ministro da Fazenda, Joaquim Levy afirmou que os principais riscos enfrentados pela economia brasileira “retrocederam” e minimizou o ajuste fiscal como “mais uma inflexão do que um extraordinário aperto”. As declarações foram feitas durante palestra nesta sexta-feira (14) na Câmara Americana de Comércio (Amcham, na sigla em inglês), em que o ministro recebeu apoio da classe empresarial.
Levy afirmou que os três principais riscos no início do ano eram as incertezas sobre o futuro da Petrobras, a possibilidade de falta de água e eletricidade, e a ameaça de perda do selo de bom pagador pelo Brasil.
“Esses riscos foram grandemente reduzidos”, disse Levy, descartando que o ajuste esteja perto do fim. “Acho que há trabalho a ser feito, do lado da despesa e eventualmente do lado da receita.”
O ministro também defendeu o aumento dos combustíveis, ao elogiar a menor intervenção do governo para segurar os preços praticados pela Petrobras.
“O governo, em termos de política de preços, fez o que é o certo”, disse Levy, que apoiou também a volta da cobrança da Cide, o imposto sobre os combustíveis, em fevereiro.
O evento se transformou em um ato de apoio a Levy por parte do empresariado.
“Ministro, nós estamos aqui para apoiar na sua agenda”, disse Gabriel Rico, da Amcham.
Ao defender a reforma do ICMS – o imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços – o ex-ministro Delfim Netto disse que “o governo tem o apoio da sociedade brasileira para levar adiante esse programa que vai seguramente mudar as expectativas da economia brasileira, vai dar ímpeto para retomar o crescimento.”.
IG
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