BRASIL

Problema histórico da região Nordeste, estiagem atinge 133 cidades do Sudeste

O Brasil passa por um momento delicado. Uma grave crise hídrica tem atingido o Sudeste e o Nordeste do país já há quatro anos. Em algumas localidades a seca persiste há seis anos. O fenômeno tem secado reservatórios, açudes e rios, criado racionamento de água em grandes cidades e levado governos a tomarem medidas extremas, como a exigência da diminuição do uso do produto em indústrias e na agricultura. A crise pode dificultar ainda mais o já difícil momento econômico do país. E a situação não tem sinais de melhora. A Organização Meteorológica Mundial está prevendo para este ano, um dos quatro mais quentes EL Niños dos últimos 65 anos. A previsão dá como certa que a seca se estenderá para 2016, talvez até mais além.

A situação no Sudeste é preocupante. A região responde por 70% da geração de energia do país, segundo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), além de ser forte propulsora da agricultura e concentrar boa parte da indústria nacional. Com um cenário de seca que revela a pior crise hídrica dos últimos 85 anos, segundo especialistas e autoridades, a região tem convivido com uma realidade com a qual normalmente não é afeita. Hoje, pelo menos 133 cidades sofrem algum tipo de dificuldade motivada pela seca. O sudeste é abastecido pelo Sistema Cantareira, pela Bacia do Paraíba do Sul e pelo Rio São Francisco, os três em situação crítica, segundo a Agência Nacional de Água (ANA).

O estado de São Paulo é o que mais sofre. A crise atinge uma população de cerca de 9 milhões de pessoas, englobando toda a região metropolitana e cidades abastecidas pelas bacias Piracicaba, Capivari e Judiaí (chamadas bacias PCJ) e do alto Tietê. O governo do estado não admite que esteja havendo algum tipo de racionamento. No entanto, em 2014, no mínimo três vezes por semana faltava água na Capital.

Minas Gerais é o nascedouro das águas do Brasil, também chamada a caixa d’água do país. Lá estão as nascentes dos principais rios que vão abastecer as cidades. Chover no Triângulo Mineiro é importante para abastecer os rios do Alto Paranaíba e o Rio Grande, que vão formar também o Rio Paraná. A chuva que cair em Unaí e Paracatu alimentam os rios à esquerda do São Francisco.esta forma, não é difícil perceber, quão estratégica é a chuva que cai em Minas.

O estado do Espirito Santo foi pego de surpresa em janeiro de 2015 quando as chuvas normais de verão não chegaram”, informou o diretor presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos do Estado (Agerh), Paulo Paim. “Hoje o Espírito Santo é um estado seco”, pontua. Na Grande Vitória, a vazão dos rios Santa Maria da Vitória e Jucu tem sido suficiente para abastecer a população, mas os níveis estão cada vez mais baixos.

Leia a reportagem na íntegra acessando a versão online da edição 107 da NORDESTE 
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