PERNAMBUCO

Projeto vai transformar Moinho do Recife em complexo multiuso

A área do Moinho do Recife passará por mudanças significativas. Nos próximos quatro anos, o terreno, arrematado em leilão em 2016 pela Revitalis, deve se transformar em um complexo multiuso, envolvendo empresarial, hotel, espaço para convenções, unidades residenciais e estacionamento. O investimento total no projeto, aprovado recentemente no Conselho de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura do Recife, é de R$ 80 milhões. Durante as obras, que têm duração estimada de quatro anos, devem ser gerados entre 800 e mil empregos diretos. Já na operação 2.400 novas oportunidades.
“Tivemos a aprovação da obra. Agora iniciaremos o licenciamento de construção. A expectativa é de que em um ou dois meses sejam emitidas a licença de operação e de construção”, detalhou o arquiteto do empreendimento, Bruno Ferraz.
O complexo terá 52 mil metros quadrados distribuídos em sete blocos interligados, ocupando a estrutura física existente do antigo Moinho Recife, tendo 3 blocos empresariais com 124 salas; hotel com 84 unidades; apartamentos residenciais (112 unidades); restaurantes, bar/café, teatro, comércio e serviços; espaços e infraestrutura para implantação de convenções, data centers, coworking e outros; além de um edifício-garagem com 675 vagas.
O terreno do Moinho Recife já é conhecido, sendo construído em 1914 e inaugurado em 1919. Com a transferência da moagem para o Porto de Suape, em 2009, as instalações originais do Porto do Recife foram desativadas, culminando em leilão realizado em 2016. Para manter a história do local, o projeto está sendo desenvolvido sob o conceito de retrofit, que consiste na renovação e atualização das instalações e infraestrutura existentes para receber os novos usos.
Pelo projeto apresentado, as fachadas serão renovadas e os ambientes internos serão valorizados através da permanência de alguns elementos arquitetônicos e fabris originais da antiga produção. Silos vão se transformar em unidades residenciais. Ambientes da produção vão virar salas para abrigar novos negócios e espaços para entretenimento. A proposta é, ainda, tornar a Rua São José, que une os dois blocos do projeto, apenas para pedestres. Essa ideia ainda precisa ser aprovada.
“Temos agora que cumprir trâmites legais e jurídicos. Além do licenciamento de construção, tem o memorial de incorporação, que são os processos que iremos avançar agora. Então, quando tivermos esses registros é que poderemos iniciar a comercialização. Nossa expectativa é que no início do ano que vem isso esteja em campo. A nossa expectativa é iniciar a comercialização em 2019”, afirma Marisa Hardman Paranhos, uma das integrantes do comitê gestor do empreendimento.
Sobre o empreendimento hoteleiro, os sócios dizem ter iniciado as negociações com operadoras, mas as conversas ainda são iniciais. “Não pode ser qualquer operador. Tem que ser alinhado com o conceito de retrofit. É um empreendimento diferenciado. Não dá para ser só uma proposta de dormitório. Tem que ter vanguarda. Estamos conversando com alguns projetos nesse sentido, mas não fechamos nada”, ressalta Marisa.
Diário de Pernambuco


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