PERNAMBUCO

PSB vê falha nas investigações do Cenipa em acidente que matou Campos

O PSB divulgou nota nesta quarta-feira (20) dizendo concordar com a família do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que lamentou nesta terça (19) a falta de um "teste com o simulador de voo" na investigação sobre o acidente aéreo que vitimou o ex-governador e outras seis pessoas. O texto foi assinado pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou, nesta terça-feira (19), o relatório final sobre a queda do avião de Campos, em agosto de 2014.

"O PSB entende que o Cenipa deveria ter considerado outros acidentes e incidentes envolvendo aeronaves da mesma família, Citation, de fabricação norte­americana, e realizado durante a investigação um teste de simulador de voo", diz o texto.

“A propósito da divulgação do Relatório Final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Cenipa –, sobre as circunstâncias do acidente aéreo que vitimou o ex-governador Eduardo Campos e seis assessores, o Partido Socialista Brasileiro expressa sua concordância com as ponderações feitas pela família de Campos a respeito das conclusões do trabalho”.

O tenente-coronel responsável pelas investigações, Raul de Souza, confirmou que o Cenipa solicitou a simulação de voo, mas, de acordo com ele, o pedido foi negado pela única empresa no mundo com essa tecnologia.

"A resposta foi negativa. A empresa americana disse que já tinha recebido uma solicitação de uma investigação criminal do Brasil e, por isso, não atenderia", disse ele, nesta terça, em coletiva de imprensa. O pedido foi reformulado e reenviado, mas ele disse que a posição foi mantida.

De acordo com o tenente, o simulador de voo poderia ajudar a descartar ou criar novas hipóteses, mas é categórico ao rejeitar as possibilidades de uma falha no estabilizador horizontal. "A gente não pode inventar um dado para criar uma hipótese. Eu não tenho evidência nenhuma de falha mecânica", disse ele.

O chefe do Cenipa, brigadeiro Dilton José Schuck, disse que o procedimento de simulação de voo seria de pouca ajuda na identificação de problemas mecânicos.

"Seria mais importante para a gente tentar reproduzir as ações dos pilotos dentro da cabine. O simulador não é projetado para identificar essas falhas, e eu diria que a gente conseguiu suplantar essa falta por cálculos manuais. O que ele faria seria facilitar, diminuir a carga de trabalho manual", acrescentou.


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