BRASIL

Reportagem da NORDESTE mostra os principais desafios dos portos

O Porto do Itaqui, localizado em São Luiz, capital do Maranhão, teve um volume operacional de 15 milhões e 300 mil toneladas durante 2013. Para 2014, a estimativa é que sejam movimentadas cerca de 17 milhões de toneladas de cargas. Já o Porto de Suape, situado entre os municípios pernambucanos Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, movimentou 12,9 milhões de toneladas em 2013, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Em relação a 2012, o Itaqui teve um decréscimo de 2,6%, já Suape obteve um aumento de 16,9%. Enquanto isso, o porto de Santos, de São Paulo, movimenta mais de 100 milhões de toneladas ao ano e, sozinho, responde por quase 30% de todo o comércio exterior do país. Em relação a outras regiões do Brasil, os portos nordestinos ainda estão aquém dos padrões nacionais, os quais ainda precisam melhorar muito.

Segundo dados da Secretaria de Portos (SEP), o Porto Pecém, do Ceará, movimentou 6,3 milhões de toneladas em 2013, com destaque para contêineres, carga geral solta e granéis líquidos, havendo projetos de expansão em sua movimentação. Já Aratu e Salvador, da Bahia, são portos de destaque regional na movimentação de granéis líquidos (Aratu) e contêineres (Salvador). Mas, analisando a movimentação de cargas nos portos nordestinos por estado, o Maranhão fica em primeiro (63% da movimentação da região Nordeste), seguido por Bahia (19%), Pernambuco (7%), Ceará (5%), Rio Grande do Norte (3%) e os demais somados com menos de 5%.

“A movimentação nos portos brasileiros, em 2013, foi de aproximadamente 931 milhões de toneladas, a participação dos portos do Nordeste nesta movimentação foi de 23%. Acredito que se os portos nordestinos tivessem preparados, a movimentação seria muito maior, e um dos fatores que contribui é a sua localização privilegiada para os mercados europeu, africano e norte-americano”, diz Nauri Cazuza, engenheiro civil e mestre em Engenharia de Transportes.
O engenheiro afirma que a região Nordeste destaca-se na exportação de alguns produtos, como sal e frutas, mas, ainda existem muitos problemas nos acessos portuários, equipamentos de baixa produtividade e instalações com capacidade física aquém da necessária para atrair quantidades maiores e novas cargas. “De 2009 a 2013, a representatividade dos portos do Nordeste em relação à movimentação total dos portos do país, praticamente, permaneceu constante de 22,1%, em 2009, para 23%, em 2013. Pode-se considerar que a movimentação em geral está crescendo, mas devido a gargalos de acesso ao porto, precariedade das instalações, complexidade de atuação de vários órgãos governamentais, dentre outros, esse crescimento fica comprometido e limitado”, explica Nauri.

Segundo dados da SEP, a movimentação dos portos brasileiros cresceu 80% em tonelagem nos últimos dez anos e as previsões é de crescer mais, a uma taxa média de 5,7% ao ano, com a perspectiva de movimentação anual de mais de 2,25 bilhões de toneladas e 5 milhões de passageiros até 2030. O país exporta 95% de sua produção via portos.

Wagner Cardoso, gerente-executivo de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), esclarece que os terminais são pontos de grande importância para o comércio brasileiro. “Além de escoar a produção nacional, os portos também constituem importante porta de entrada de insumos estratégicos para a indústria, daí a importância de terminais bem administrados, capazes de operar de forma rápida e eficiente”, explica.

(Leia a matéria completa na edição nº89 da Revista Nordeste, já em todas as bancas do país) 


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