O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), pré-candidato a prefeito de Curitiba, mas sempre com um olho na política nacional, afirmou neste domingo (9) que o autor intelectual do assassinado de Marielle Franco é o mesmo que ordenou a execução do miliciano Adriano da Nóbrega.
“Quem mandou matar Marielle seguramente ordenou a execução de Adriano. Isolado em uma moradia rural na Bahia, cercado por número razoável de policiais, não foi morto em confronto, seguramente foi executado”, disse hoje o emedebista.
Para Requião, a morte do capitão pode ter sido queima de arquivo porque a execução do miliciano foi inexplicável.
“É rigorosamente inexplicável a execução do capitão Adriano na Bahia. Supostamente o executor, assassino, de Marielle. Evidente queima de arquivo”, opinou o ex-senador, para então fazer a pergunta cuja resposta vale um milhão de dólares: “Quem mandou matar Marielle?”
“Seguramente, o capitão Adriano foi transformado de arquivo vivo, para arquivo morto. Quem mandou matar Adriano possivelmente mandou matar Marielle”, fez questão de frisar Roberto Requião.
Adriano era o chefe da milícia do Escritório do Crime e tinha fortes ligações com o clã Bolsonaro, em particular com o atual senador Flávio Bolsonaro.
O ex-policial carioca estava escondido na cidade e passou a ser monitorado por equipes Superintendência de Inteligência (SI).
Adriano da Nóbrega foi localizado em um imóvel, na zona rural do município de Esplanada, interior baiano.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, ele teria resistido à prisão, atirando contra os policiais. Ferido, o acusado chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Com o foragido foi encontrada uma pistola austríaca calibre 9mm.