BRASIL

REVISTA NORDESTE mostra crescimento na produção apícola do MA

O Maranhão tem registrado crescimento na produção de mel. Somente na safra 2013, foram colhidas cerca de 1800 toneladas do produto, colocando o estado em uma posição de destaque, na lista dos dez maiores produtores de mel do país. Lá, o estado propicia vários biomas diferentes, ou seja, as características particulares da vegetação e clima de cada região permite que a produção do mel e seus derivados se dê o ano inteiro.

Entretanto, uma das regiões se destaca. O chamado Alto Turi, composto por 18 municípios no Noroeste maranhense concentra a maior produção do estado. “Isso tem atraído cada vez mais investidores, que acreditam nesse potencial do estado na produção de mel”, afirma José Oscar Mello Pereira, superintendente de negócios da Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Sedinc), órgão que coordena ações em um núcleo de apoio aos produtores locais do Alto Turi.

"A Sedinc, na verdade, trabalha com o fomento da geração de empregos, através de projetos como o Pró-Maranhão e promovendo parcerias com empresas de produção apícola e associações locais", explica José Oscar. O principal município produtor da região, Santa Luzia do Paruá, a 370 km de São Luís, é foco de atração de investidores nacionais, internacionais e entidades governamentais. Um exemplo é o Sebrae, que realizou um projeto de rastreamento dos apiários, ou seja, dos criadouros de abelhas, com o objetivo de identificar e orientar a instalação de novas unidades de produção de mel e derivados.

É importante lembrar que o estado, há dez anos, produzia apenas 500 toneladas de mel. "Em 2012, quando a estiagem atingiu fortemente os estados do Ceará e Bahia, trazendo para o Maranhão dezenas de apicultores migratórios, a produção do estado chegou a cerca de 2100 toneladas, o que demonstra que o estado tem grande potencial para a atividade", explica o presidente da Federação de Apicultores do Estado do Maranhão, Euler Tenório. 

Dentre as ações realizadas pelo governo do estado, está a distribuição de abelhas rainhas, além de 279 kits de apicultura, em parceria com a Codevasf, a criação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel, o apoio à criação da Federação Maranhense de Apicultura e Meliponicultura do Maranhão e a construção, neste ano, de cinco Casas de Mel, viabilizadas pela Sedinc.

“Mais de nove municípios processam cerca 1700 toneladas de mel, o que acaba influenciando no desenvolvimento econômico da região”, diz o superintendente. “O mel é um produto extremamente nobre. Você observa que os pequenos produtores carecem de recursos para trabalhar com agricultura e pecuária. Quando o estado investe em uma cultura sustentável como a do mel, isso auxilia muito na renda desses pequenos produtores, que não se sustentam apenas com a cultura do mel, mas que garantem um bom complemento de renda. O grande interesse da secretaria é incentivar cada vez mais essa atividade, por injetar dinheiro na economia do estado, auxiliando no seu desenvolvimento econômico”, pontua José Oscar.

(Veja a matéria completa na edição nº 88 da REVISTA NORDESTE, já em todas as bancas do país) 


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