BRASIL

Revista NORDESTE mostra força de pequenos negócios e incentivos no NE

A imagem de paus-de-arara migrando em estradas de terra rumo à região Sul-Sudeste não representa mais o Nordeste. Não por causa da pesada fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, na década de 60, mas por que a cultura de migração mudou de acordo com a evolução econômica da região. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Nordeste vem crescendo em média 7,3% ao ano desde 2003 e a renda da população local aumentou 30%. Parte do crédito desse crescimento deve ser dada a pequenas iniciativas empreendedoras.

Para Suzana Peixoto, especialista em política e indústria da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), os pequenos negócios são de grande valor. “As pequenas empresas respondem pela grande maioria do país. No setor industrial são mais de 98% das empresas, gerando quase metade dos empregos”, afirma. Segundo reportagem do Jornal Hoje, da TV Globo, no Nordeste foram contabilizados 25.929 novos registros de microempresários nos primeiros seis meses de 2012. Hoje, a região que forneceu por mais de um século mão de obra à indústria, à agropecuária e aos serviços do Sudeste e do Sul, é a segunda região do país em número de empreendedores.

“O crescimento no Brasil tem sido mais intenso fora do eixo das grandes capitais do sul do país, em um movimento de interiorização. O Nordeste está inserido nesse movimento e deve aproveitar para amplificar isso com o desenvolvimento das pequenas empresas, facilitando o ambiente de negócios e fomentando novas oportunidades de mercado – como o desenvolvimento de arranjos produtivos locais, estímulo à inovação e capacitação e aumento do poder de compra do Estado”, afirma Suzana. 

Em consequência ao crescimento econômico nordestino, o consumo local evoluiu. Em 2008, de acordo com o IBGE, o Nordeste se tornou o segundo maior mercado consumidor do país, fazendo com que a economia se tornasse mais atrativa ao empreendedorismo, além de investimentos por parte da iniciativa privada.

Para Suzana, impulsionar a micro e pequena empresa é incentivar o crescimento do país e o bem estar da população. Mas, as pequenas iniciativas precisam de suporte e isso pode ser proporcionado por gestores públicos. “O setor público deve oferecer o melhor ambiente possível para que a atividade empreendedora se desenvolva. Reduzir a burocracia e os impostos, buscando em troca maior racionalidade e melhor uso dos recursos. O setor público deve também estimular o crescimento do setor produtivo por meio de capacitações, apoio em gestão e geração de oportunidades de ampliação de mercado”, explica.

(Veja a matérica completa na Edição nº88 da Revista NORDESTE já disponível nas bancas de todo país)


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