BRASIL

Rodrigo explica como Propina de Cunha foi descoberta

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta quarta-feira durante julgamento de denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Supremo Tribunal Federal (STF), que o parlamentar se utilizou do cargo de deputado para forçar o pagamento de propina.

 

Em sua fala ao STF, Janot disse que Cunha recebeu "no mínimo" 5 milhões de dólares de propina por um contrato de fornecimento de navio-sonda para a Petrobras.

 

Janot afirma que "tudo ia bem na propinolândia", até que um contrato fraudulento que beneficiava Cunha foi suspenso por dúvida jurídica. O deputado, então, usou o cargo para pressionar pagamento de propina e recebeu no mínimo US$ 5 milhões, disse. Segundo Janot, a denúncia contra Cunha não se baseia apenas nas delações premiadas, "mas em farta prova" produzida a partir das delações.

 

"Nada de interesse da defesa foi ocultado. No entanto, não é direito do acusado conhecer provas que não lhe diz respeito e que tratam de fatos distintos tratados naquele inquérito", argumentou ainda o procurador-geral, a respeito dos recursos apresentados pela defesa do presidente da Câmara para ter acesso a documentos durante as investigações.

 

Trata-se do primeiro julgamento de abertura de ação penal contra um parlamentar investigado na Operação Lava Jato. Se a maioria dos ministros decidir pelo recebimento de denúncia, Cunha passará à condição de réu no processo. A ex-deputada federal Solange Almeida, atual prefeita de Rio Bonito, no Rio de Janeiro, também faz parte da denúncia. Ela é acusada do crime de corrupção.


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