MARANHÃO

Sarney quer Roseana como Ministra em um eventual governo de Michel Temer

No que depender de José Sarney (PMDB), a filha Roseana Sarney (PMDB) será ministra de um eventual governo Michel Temer (PMDB). Nos bastidores de Brasília, peemedebistas mais empolgados como os ex-deputados Chiquinho Escórcio e Sétimo Waquim até arriscam quais pastas a ex-governadora poderá comandar: Infraestrutura ou Integração Nacional. Presidente de “honra” do PMDB, o Sarney é um dos mais empenhados em “impeachmar” Dilma Rousseff (PT) e varrer o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) da política.

Apesar de o PMDB integrar oficialmente a base aliada da presidente Dilma, nem todos os membros do partido apoiam a petista. O ex-presidente José Sarney, inclusive, votou no senador Aécio Neves (PSDB-MG) na eleição de 2014. Depois de negar que votou no tucano, ele disse que o voto foi gratidão a Tancredo Neves, avô do ex-presidenciável. Tancredo escolheu Sarney para ser vice, em 1985. Aós o falecimento da Tancredo, Sarney assumiu a presidência da República.

Nomes do PMDB como o presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), e o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PE) também não apoiam a presidente Dilma. Curiosamente o peemedebista que atua por Pernambuco é a favor do afastamento de Cunha, que está sendo investigado por recebimento de propina em contratos de navios-sonda com a Petrobras, conforme delatou o lobista Julio Camargo em depoimento à Operação Lava Jato.

Com Temer no Palácio do Planalto, Sarney planeja boicotar o governo Flávio Dino (PCdoB) da mesma forma como sabotou a gestão do finado Jackson Lago (com o apoio de Lula e do PT, diga-se de passagem), vislumbrando o retorno do seu grupo político ao poder já em 2018.

Impeachment

A possibilidade de o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumir a presidência ganhou após a formação da comissão do impeachment na Câmara Federal. O que se sabe é que não será tão fácil barrar a aprovação da renúncia da presidente em consequência das pedaladas fiscais em 2014.

Conforme já publicou o 247, a discussão sobre o impeachment da presidente veio à tona com as chamadas "pedaladas fiscais". O Tesouro Nacional atrasou repasses para instituições financeiras públicas e privadas que financiariam despesas como o Bolsa Família, o abono e seguro-desemprego, e os subsídios agrícolas.

O Tribunal de Contas da União (TCU) informou que o objetivo da União era conter recursos para ajustar as contas públicas, mantendo a receita superior à despesa. Como consequência do atraso, instituições desembolsaram dinheiro próprio para custear programas. O tribunal recomendou ao Congresso Nacional a reprovação das contas de 2014 da presidente.

O governo federal argumentou que a prática é adotada desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Também saíram em defesa do executivo o jurista Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça de FHC, e aliados da presidente Dilma, como o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), que é juiz. Ambos afirmaram que um governo, mesmo reeleito, não pode ser derrubado por fatos da gestão anterior. Em outras palavras, a presidente Dilma só poderia ser alvo de impeachment por irregularidades cometidas em seu segundo mandato.

Outro argumento de quem é contra o impeachment é que as eventuais "pedaladas" de 2015 deixam de existir porque o Congresso Nacional aprovou a nova meta fiscal, aprovada em dezembro passado. O projeto altera a meta fiscal de R$ 66,3 bilhões de superávit para R$ 119 bilhões de déficit deste ano. Segundo o governo, a proposta é de extrema importância para cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


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