BRASIL

Servidores da saúde de Natal anunciam greve

Os servidores da Saúde de Natal, que está em situação de calamidade desde o dia 31 de julho, realizam nesta terça-feira (1º), uma parada de advertência para reivindicar melhores condições de trabalho e reajuste de 27,08%. Com a mobilização, vários postos de saúde da capital estão com atendimento prejudicado, além do Samu municipal que funciona apenas com 30% do efetivo.

Entre os postos estão o do Conjunto Cidade Satélite e do ConjuntoPirangi, na Zona Sul,que atendem apenas as urgências e as unidades de Igapó e da Comunidade África, na Zona Norte, além do posto do bairro de Felipe Camarão, na Zona Oeste, que estão atendendo com apenas uma equipe. Segundo o Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (Sindsaúde), a adesão foi de 50% da categoria.

Além da paralisação, os servidores realizaram nesta manhã, às 10h , uma passeata pelas ruas de Natal até o Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura. Eles aguardam uma reunião da comissão do Sindsaúde com o chefe de Gabinete Civil, Sávio Hackradt e com o secretário de Saúde (SMS), Cipriano Maia, agendada para às 14h. Os servidores também pretendem ir hoje à Câmara dos Vereadores, conversar com os parlamentares.

Ao chegar em frente ao Palácio, os servidores da saúde fizeram uma votação simbólica e aprovaram uma assembleia para votar o indicativo de greve, no dia 10. Segundo o Sindicato, uma pauta foi entregue em abril. O governo pediu tempo para responder e, ao final, o Sindsaúde-RN preferiu não esperar e fazer a paralisação. 

Ainda de acordo com o Sindsaúde-RN, "o caos na saúde do Município também tem atingido os servidores, que são obrigados a trabalhar em péssimas condições e com salários defasados. A categoria cobra reajuste de 27,08%, equivalente a inflação dos dois anos sem reajuste e aumento real. Porém, no dia 25, a Prefeitura respondeu, em documento oficial, que não haverá reajuste neste ano”, informou por meio de nota.

Além do reajuste, os servidores pedem melhores condições de trabalho na rede de Saúde municipal. No Hospital dos Pescadores, os servidores já passaram até 12h operando um respirador manual, para manter vivo o paciente.


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