O acordo de US$ 2,95 bilhões fechado pela Petrobras nos Estados Unidos não corre riscos de ser interrompido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Apesar de estar fiscalizando as bases do acordo, a área técnica do órgão de controle descarta a adoção de qualquer medida que acarrete em uma mudança drástica no compromisso firmado entre a estatal, acionistas minoritários e detentores de títulos.
A análise do acordo faz parte de um ampla auditoria que o tribunal está fazendo no balanço da Petrobras referente ao exercício de 2014. Naquele ano, quando eclodiu a Operação Lava-Jato, a estatal suspendeu por vários meses a publicação de seus resultados financeiros, nos quais acabou incorporando uma perda de R$ 6,2 bilhões com corrupção.
Segundo o Valor apurou, técnicos do TCU responsáveis pela auditoria entendem que interromper o acordo neste momento pode ser mais prejudicial para a empresa do que uma eventual avaliação negativa sobre os termos negociados. Esse mecanismo é conhecido no TCU como “risco reverso”, ou seja, a chance de um eventual questionamento causar um prejuízo ainda maior do que o objeto da fiscalização.
Brasil 247
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