CEARÁ

Travesti é torturada e morta por 5; governador avisa que não ficarão impunes

A travesti Dandara, de 42 anos, foi espancada, torturada e morta por cinco homens em 15 de fevereiro, no bairro Bom Jardim, em Fortaleza (CE), de acordo com o jornal O Povo.

No vídeo com pouco mais de um minuto, aparecem imagens da vítima sendo recebendo chutes e tapas e sendo agredida com um pedaço de madeira. Ela sangra e tenta subir no carrinho de mão enferrujado.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que as investigações sobre o crime estão a cargo do 32º Distrito Policial e "estão bem adiantadas".

Três dias antes de Dandara ser morta, a travesti Hérika Izidoro, de 24 anos, foi espancada na avenida José Bastos, na volta de uma festa de pré-Carnaval, também na capital cearense.

A vítima foi encaminhada para o Instituto Doutor José Frota (IJF), onde foi diagnosticada com traumatismo craniano. Segundo o hospital, Hérika continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Sobre o caso de Hérika, a SSPDS informou o inquérito está em andamento pelo 3º Distrito Policial.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), prometeu que se empenhará na identificação e punição dos assassinos da travesti Dandara dos Santos, espancada até a morte em 15 de fevereiro em Fortaleza.

"Tenho certeza que eles não ficarão impunes. Não iremos tolerar esse tipo de violência", escreveu o governador em sua página no Facebook, no sábado 4.

Santana afirmou que está marcada uma reunião para a próxima terça para traçar um plano de proteção às minorias nos mesmos moldes como foi desenvolvido em relação às mulheres. A ação envolverá a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social e a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para LGBT do Estado do Ceará.

A cena de selvageria que envolveu a moça foi tão chocante que, no sábado, a notícia estampou a capa de O Povo, um dos jornais mais importantes do Ceará.

Em um vídeo com 1 minuto e 20 segundos, Dandara, de 42 anos, é humilhada e agredida com chutes e pauladas na cabeça por cinco homens. Desacordada e sangrando, a travesti é colocada em um carrinho de mão e levada para lugar desconhecido.

Com 600 mortes em seis anos — um dado divulgado em 2015 –, o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais.


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