PERNAMBUCO

Turista atacado por tubarão em Noronha é transferido

O turista paranaense de 33 anos atacado por um tubarão em Fernando de Noronha foi transferido do Hospital da Restauração para o Hospital Unimed, no final da tarde desta terça. A Baía do Sueste, local da ocorrência, permanece interditada à visitação. De acordo com a chefia do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, a medida é preventiva, para se avaliar o que de fato ocorreu e provocou o ataque, não havendo previsão de abertura.

O turista, que não teve a identidade revelada a pedido da família, perdeu o antebraço direito e foi submetido a uma nova cirurgia traumatológica e vascular, nesta terça. Em entrevista pela manhã, o chefe da unidade de Trauma do HR, Rogério Ehrhardt, informou que o paciente estava estável, consciente e orientado sobre toda a situação desde que chegou de Noronha, em uma UTI aérea.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) iniciou a investigação sobre o primeiro ataque registrado na ilha, com auxílio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) e pesquisadores. Entre eles, Leonardo Veras, curador do Museu do Tubarão de Noronha, que fez um mergulho investigativo de varrição, nesta terça, junto com a bióloga e fotógrafa Zaira Mateus, além de utilizar um drone para avaliar a área. “Tudo estava normal, com muitos peixes, como sempre. Vamos continuar observando para tentar compreender o que aconteceu”, afirmou.

Acredita-se que o ataque partiu de um tubarão-tigre. “Eles migram muito, não são comuns em Noronha, mas têm esse comportamento de experimentar comidas estranhas e uma mordida potente”, explicou, comentando que o tema envolve muito o emocional. “Estamos avaliando como minimizar os riscos, se será necessário reduzir o horário de visitação e de o mergulho só ser feito com acompanhamento (o turista estava sem guia). Não podemos nem ser negligentes nem usar um remédio desnecessário, afinal, anormal é nunca ter ocorrido um ataque”.

NÚMEROS – Segundo Clóvis Ramalho, presidente do Cemit, as condições do incidente são diferentes dos outros 60 registrados desde 1992 em Pernambuco (são 24 mortes no período), ano inicial da catalogação, pois a maré estava secando, ao contrário dos demais, ocorridos sempre com maré alta. Igual apenas a água estar turva. O turista estava com a mulher, que não quis falar com a imprensa.

JC Online


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