“Precisa tirar o bode da sala antes que feda demais”, comentou. Dias cobrou um pacote de medidas complementares para liberar dinheiro para investimentos e de forma rápida. “Não adianta vir só na linha dos cortes, precisa fazer a economia crescer”, afirmou ao Valor.
Reforçou sobre o anseio dos estados em entrar na partilha dos recursos da tributação sobre distribuição de lucros e dividendos. Recursos estes que iriam para um fundo de equalização das previdências estaduais, para cobrir o déficit atuarial. A compensação por parte dos estados ficaria com o aumento da alíquota dos servidores, para pelo menos 14%.
“Dias defende usar o dinheiro do leilão da cessão onerosa do pré-sal, que pode render R$ 100 bilhões em bônus de assinatura e mais bilhões em royalties, imóveis estaduais, medidas de combate à sonegação e a antecipação de recebíveis, como o Fundo de Participação dos Estados (FPE) – o que a equipe econômica resiste”, destaca Valor.
Aliança com Maia
A reportagem coloca o governador como “aposta” de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, na tentativa de conquistar votos da oposição a favor da reforma. Mas o grande entrave, lembra, ficará por conta da aposentadoria dos trabalhadores rurais e do benefício de prestação continuada, o que Wellington se refere como “o bode da sala”.
Mudanças, que argumenta o petista, “os governadores, quase que por unanimidade, não concordam”.