NORDESTE

WS: Governadores do Nordeste avançam em atos de auto sustentação e ampliam agenda alternativa a Bolsonaro

O jornalista e analista político Walter Santos, da Revista NORDESTE e Portal WSCOM, comenta nesta quinta-feira (22) o Fórum dos Governadores do Nordeste em prol do Consórcio Nordeste, realizado no dia de ontem, em Teresina-PI. Presente no evento, WS destrincha o acordo entre os mandatários dos nove estados da região.

Leia:

‘Governadores do Nordeste avançam em atos de auto sustentação e ampliam agenda alternativa a Bolsonaro

A síntese do que foi apresentado no primeiro dia de reunião dos governadores do Nordeste é clara: eles resolveram ampliar as ações articuladas de autosustentação coletiva, como as compras coletivas para baratear preços, não temem retaliações do Governo Bolsonaro, mesmo não adotando o não enfrentamento direto, mas decididos a mostrar ao mundo um outro modelo de gestão no Brasil respeitando as regras democráticas, econômicas e sociais.

Nas entrevistas que têm concedido todos os governadores têm deixado evidente a contestação às políticas adotadas pelo Planalto e anunciam uma agenda coletiva forte em busca de investimentos e diálogos externos, a partir da Europa e a China, para construir autosustentação diante de retaliações atuais.

Eles vão deixar claro nesse novo modelo de construção coletiva de sobrevivência articulada que representam uma outra mentalidade e de conduta de gestão pública no Brasil muito diferente do que professa o governo Bolsonaro.

É como expusessem para o mundo que os melhores índices fiscais do País praticados pelos governos do Nordeste garantem uma agenda positiva sem retrocessos econômicos nem afetação grave às políticas ambientais e cidadãs, como as em curso pelo governo Bolsonaro.

Na prática, eles resolveram taticamente não partir para confrontos diretos com a truculência do presidente, mesmo assim monitoram as retaliações construindo modos de sobrevivência coletiva com diálogos externos.

Em novembro, por exemplo, a agenda já está montada com a presença dos governadores em diversas reuniões com governos e agentes financeiros europeus visando investimentos pesados em infraestrutura e atração de novos empréstimos.

O governador João Azevêdo foi escalado pelo Fórum para expor em nome de todos que não há espaços na agenda governamental para enfrentamentos e, apesar das agressões, esta é uma página virada para eles.

Flávio Dino, também no alvo, explicou que a agenda em curso a ser construída pelos governadores expõe o contraponto com medidas efetivas nas políticas exigidas pela sociedade bem diferente do que propõe o governo federal, portanto, a resposta a ser dada vem do confronto dos modelos em curso estando o deles no campo progressista.

Rui Costa foi incisivo: a articulação busca atores e diálogos externos pontuando que há no Brasil um outro modelo de construção e de políticas públicas opostas ao do atual presidente.

Apesar da estratégia como contraponto, todos os governadores insistiram na defesa da unidade nacional em torno de um País mais inclusivo e com agenda econômica não predatória gerando redução das desigualdades sociais.

Em síntese, o Fórum de Governadores gerou poder político diferenciado com a consciência de todos os nove chefes do executivo que a saída está na postura de unidade defendendo valores e ações comuns, ao invés do vire-se como pode.’

 


Revista NORDESTE


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