O observatório europeu Copernicus informou nesta terça-feira (09) que 2023 foi o ano mais quente registrado desde o início das medições em 1850.
Segundo a pesquisa anual “Global Climate Highlights”, o ano passado teve uma temperatura média global de 14,98ºC, 0,17ºC superior ao recorde anterior registrado em 2016.
“Um grande número de eventos extremos foi registrado em todo o mundo, incluindo ondas de calor, inundações, secas e incêndios florestais”, diz o documento.
“As emissões globais estimadas de carbono dos incêndios florestais em 2023 aumentaram 30% em relação a 2022, impulsionadas em grande parte por incêndios florestais persistentes no Canadá”, acrescenta.
Mais quente que a era pré-industrial
Segundo a agência oficial da União Europeia (UE), 2023 foi 1,48ºC mais quente do que o nível pré-industrial de 1850-1900.
Além disso, julho e agosto de 2023 foram os dois meses mais quentes já registrados. O verão boreal, que vai de junho a agosto, também foi a estação mais quente já registrada.
As temperaturas médias globais dos oceanos permaneceram “persistentemente e anormalmente altas”, atingindo níveis recordes durante abril a dezembro.
As extensões diárias e mensais do gelo marinho do Ártico atingiram os mínimos históricos em fevereiro de 2023, revelou o relatório.
Olhando para o futuro, o Copernicus prevê que “é provável que o período de 12 meses terminado em janeiro ou fevereiro de 2024 exceda 1,5ºC acima do nível pré-industrial”.
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