BRASIL

70 Anos do DER – A Evolução Rodoviária da PB

A transformação da malha viária da Paraíba ao longo de 70 anos

A Revista NORDESTE traz na edição de junho uma matéria especial sobre os 70 anos do DER-PB. Na matéria é possível entender a estratégia adotada pelo governo de Ricardo Coutinho para tirar cidades do isolamento, além de investimento em estradas que incrementem mais o turismo, a economia e a mobilidade urbana. Confira abaixo na íntegra:

Departamento de Estradas e Rodagem da Paraíba (DER) completa no dia 26 de junho 70 anos de sua criação. A Paraíba deve ao órgão muito do seu desenvolvimento social e econômico. Afinal, com a expansão da malha rodoviária estadual se deu também o crescimento do Estado, hoje a sexta maior economia da região. Atualmente a malha rodoviária é constituída por 5.808 km de estradas e rodovias, dos quais 3.200 km são pavimentados e encontram-se em bom estado de conservação. E, mais 380 km estão em obras de pavimentação com a conclusão prevista ainda em 2016. Com isso, todos os 223 municípios do Estado estarão interligados por rodovias pavimentadas.

Ao longo desses últimos 70 anos o DER/PB transformou caminhos e veredas em modernas rodovias pavimentadas, que ampliaram fronteiras e integraram regiões. Participou ativamente do desenvolvimento e da melhoria da qualidade de vida dos paraibanos oferecendo conforto e segurança aos que viajam pelo interior do Estado. Com essa missão, o DER/PB construiu as mais importantes vias de integração estadual, onde se destacam a rodovia BR-230 no trecho entre Campina Grande e Pombal; o Anel do Brejo, interligando as principais cidades da região como Alagoa Grande, Areia Remígio, Solânea e Bananeiras; a Redenção do Vale do Piancó, que se inicia em Patos e vai até Conceição passando por Piancó, Itaporanga e Ibiara; implantou a Via Litorânea Sul, importante vetor de desenvolvimento para o setor de turismo do Estado.

Mais recentemente pavimentou, com elevado padrão técnico-operacional, a Rodovia da Reintegração, um antigo segmento da BR-230 com 70 km de extensão desde Assunção, passando por Salgadinho, Areia de Baraúna, Passagem, Cacimba de Areia, Quixaba até voltar a BR-230 nas proximidades de Patos. Essas seis pequenas cidades do sertão paraibano que ficaram fadadas ao isolamento por mais de 50 anos agora têm uma real perspectiva de crescimento através da oportunidade de novos negócios e investimentos que irão gerar emprego e renda para a população local.

Dessa Forma, a infraestrutura rodoviária estadual representa o mais importante patrimônio físico da Paraíba, cujo valor está avaliado em cerca de R$ 6 bilhões. Através dela foi assegurada a integração social, cultural, econômica e política do Estado. Por ela é escoada toda produção agrícola e industrial, bem como é responsável pela quase totalidade da movimentação dos paraibanos em busca de negócios ou de entretenimento e lazer.

Estado investiu R$ 1,2 bilhão e construiu melhor malha rodoviária da Paraíba

Ao assumir o seu primeiro mandato em janeiro de 2011, o governador Ricardo Coutinho decidiu criar o maior programa rodoviário da história da Paraíba, e para sua execução convocou uma equipe de experientes engenheiros tendo à frente Carlos Pereira de Carvalho e Silva (Diretor Superintendente); Hélio Cunha Lima (Diretor de Operações); José Arnaldo Souza Lima (Diretor de Planejamento e Transportes), além de Filipe Braga de Brito Maia (Diretor Administrativo e Financeiro), sob a coordenação do eng. João Azevedo Lins Filho, secretário de Infra-Estrutura, Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e da Tecnologia.

 Nos quatro anos do primeiro mandato e nos 18 meses do segundo, o Governo do Estado investe no Programa "Caminhos da Paraíba" R$ 1.211.451.575,65 na pavimentação, restauração, rejuvenescimento, construção de pontes e passarelas e manutenção de rodovias, contemplando todas as regiões do Estado. As obras executadas, em execução e licitadas já chegam a 2.399,4 km, sendo 791,3 km de pavimentação concluídos e 361,4 em andamento. Obras de restauração são 1.036,9 km concluídas e mais 209,8 km em andamento. Isto coloca a Paraíba no ranking dos estados brasileiros com uma das melhores malhas rodoviárias do país.

 Carlos Pereira afirma que o Governo do Estado além de se preocupar com a recuperação de toda a rede rodoviária existente, se voltou para tirar do isolamento através de rodovias asfaltadas das 54 cidades que ainda se encontravam nesta situação. No dia 4 de maio o governador Ricardo Coutinho inaugurou o 40º acesso pavimentado beneficiando a cidade de Parari, na região do Cariri. Os demais acessos estão em fase de conclusão, devendo ser inaugurados até o final de 2016. O dirigente do DER diz que as inaugurações de rodovias têm sido frequentes, tamanho o número de obras em construção em todo o Estado, a exemplo das rodovias de Passagem, Coxixola e Parari, todas com solenidades realizadas no início de maio.
 Trevo das Mangabeiras – Uma das obras de mobilidade urbana mais esperadas pela população da Capital, especialmente dos bairros da Zona Sul, o Trevo das Mangabeiras, foi inaugurado em agosto de 2015. Localizado na interseção das avenidas Hilton Souto Maior, Josefa Taveira e Walfrido Brandão, recebeu um projeto urbano utilizando técnicas de engenharia que possibilitam o escoamento do tráfego viário em todas as direções, proporcionando maior fluidez nas Avenidas Josefa Taveira e Hilton Souto Maior. Com um investimento de R$ 25.708.109,29, o Trevo contempla diretamente cerca de 200 mil habitantes, especialmente moradores dos bairros da Zona Sul. Na área, diariamente, circulam cerca de 30 mil veículos entre automóveis, caminhões, camionetas, ônibus e motos.

Coqueirinho

Outra importante obra do programa rodoviário inaugurada recentemente pelo governador foi a pavimentação em paralelepípedos do acesso do entroncamento da PB-008 à praia de Coqueirinho, no município do Conde, com 1,8 km, beneficiando cerca de 50 mil habitantes e facilitando a chegada de turistas que visitam esta área do Litoral Sul paraibano. A obra recebeu um investimento de R$ 1.069.596,00, com recursos do Tesouro do Estado. Apesar de ser uma obra de apenas 1,8 km, Carlos Pereira afirma que era uma necessidade daquela região, lembrando que a praia não tinha a infraestrutura adequada, o acesso era de barro e cheio de buracos. "Agora, com a pavimentação facilita a vida dos moradores e vai contribuir para atrair mais turistas" – diz o dirigente, acrescentando que o governador do Estado já autorizou a pavimentação de mais cinco acessos no Litoral Sul: Tabatinga 1, 2; Carapibus 1 e 2 e Praia do Amor.

Perimetral Sul


Em João Pessoa, duas importantes obras de mobilidade urbana foram reiniciadas pelo Governo do Estado – a Av. Perimetral Sul, interligando a BR-101, no Distrito Industrial, com os bairros do Colinas do Sul, Gervásio Maia, Valentina de Figueiredo e Mussumagro, na PB-008, e a Av. Cruz das Armas. Ao falar sobre as duas obras, o Diretor de Planejamento do DER, José Arnaldo Souza Lima destaca a importância de cada uma para a população, especialmente quanto a um melhor tráfego de veículos. Ele explica que o governador Ricardo Coutinho tem todo o interesse em investir em obras estruturantes de grande relevância para a população da Grande João Pessoa e outras cidades do Estado, citando como exemplos o Trevo das Mangabeiras, o Binário de Bayeux, Viaduto do Geisel e as passarelas do Renascer e do Boa Esperança. São mais de R$ 190 milhões investidos nestas obras de mobilidade urbana.

 Campina Grande

Outras importantes intervenções do Governo do Estado visando modernizar a mobilidade urbana, são lembradas também por José Arnaldo. Elas acontecem em Campina Grande com pavimentações da Av. Almeida Barreto; da PB-138 ( Campina Grande/Catolé de Boa Vista) e o trecho rodoviário entre Campina e Jenipapo, obra em fase de início. 

Conservação de rodovias

Comandando o setor de obras e conservação, o Diretor de Operações, Hélio Cunha Lima, anuncia um programa de intervenção em rodovias pavimentadas com a conservação da malha estadual através de empresas contratadas por licitações públicas, bem como a manutenção de todas as estradas de terra com serviços de patrolamento e roço por administração direta. Ele explicou que após a licitação, as empresas vencedoras darão início aos trabalhos em todas as rodovias pavimentadas, que já ultrapassam 3.600 km de extensão, com investimento de R$ 26 milhões, com validade de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período conforme está previsto na lei das licitações.

Para execução desse programa de conservação, o diretor afirma que os recursos já estão assegurados na fonte CIDE (Contribuição de Intervenções do Domínio Econômico), proveniente de impostos dos combustíveis, que são transferidos trimestralmente pelo governo federal. Os contratos serão assinados no início de junho deste ano.  

Caminhos que levam para mais economia e cidadania

Em 2011, início do governo de Ricardo Coutinho, 54 municípios não tinham acesso pavimentado, em parte para suprir essa necessidade foi criado o programa Caminhos da Paraíba. Além da integração das cidades e da conservação e ampliação de estradas já existentes, o programa como um todo pode ser dividido em quatro grandes vertentes principais: 

Caminhos da Dignidade
Inúmeras paraibanos tinham suas cidades isoladas do resto do Estado em épocas de chuva, por não possuírem acesso asfaltado. O acesso era feito apenas por estradas de barro, muitas vezes esburacadas e de difícil tráfego. O Caminhos da Dignidade resgatou cidadania, facilitado o movimento do comércio, de estudantes e de doentes que precisavam chegar aos centros maiores. O governador costuma dizer que o Estado saiu do cálculo perverso e eleitoreiro, onde pequenas cidades com pouco mais de mil habitantes, não justificaria um gasto de R$ 15 milhões em sua estrada. Assim pequenas cidades foram incluídas no mapa rodoviário da Paraíba, a exemplo de São José do Brejo do Cruz, uma cidade que tem apenas 1.767 habitantes, e que foi beneficiada com a pavimentação de 23km do trecho da PB-313, ligando aquele município a Brejo do Cruz e que custou R$ 15,4 milhões. 

Caminhos da Integração
Com um mote parecido com o Caminhos da Dignidade, foram construídas estradas integrando regiões do estado. Entre essas estradas está a que liga o Vale do Piancó à região de Princesa Isabel. Com a estrada a riqueza do estado pode trafegar facilmente entre Pernambuco e Paraíba. Além disso, antes para passar no Vale do Piancó e chegar em Manaíra, era preciso voltar a Patos, tendo que rodar mais de 200 km. Hoje com a integração dessas duas regiões, são apenas 30 e poucos quilômetros. A obra, orçada em R$ 27,7 milhões, terá uma extensão de 35km e vai beneficiar uma população de 36.255 habitantes de dois municípios. Outra obra inserida no mesmo patamar é a chamada Rodovia da Reintegração, que no Lote I é composta pela interligação da BR-230/Assunção/Salgadinho/Areia de Baraúna/Entroncamento do acesso a Passagem, e no Lote II pela interligação de Passagem/Quixaba/Entroncamento da BR-230 e acesso a Cacimba de Areia, com uma extensão total de 92,3km e investimento de R$ 69,7 milhões. A rodovia beneficia diretamente os municípios de Assunção, Salgadinho, Areia de Baraúna, Passagem, Quixaba, Cacimba de Areia e Patos, contemplando uma população de 117.141 habitantes. 

Caminhos do Turismo
O Caminhos do Turismo tem o objetivo de incrementar o turismo facilitando o acesso às belezas naturais do estado. Para isto, o Governo fez a pavimentação da PB-065/061, Mataraca/Barra de Camaratuba, no Litoral Norte, com extensão de 11 quilômetros e R$ 3,85 milhões em investimentos. No Litoral Sul foi feito o contorno de Jacumã, com extensão de 5km e investimentos de R$ 6,2 milhões, beneficiando mais de 50 mil habitantes. Atualmente, o Governo do Estado pavimenta a estrada turística que liga Forte Velho, em Santa Rita, com o entroncamento da BR-101, uma obra orçada em R$ 14 milhões, com 11km de extensão e que beneficiará mais de 120 mil habitantes de Santa Rita, que inclui os distritos de Forte Velho, Bebelândia, Ribeira e Livramento.

Caminhos da Produção
Na vertente Caminhos da Produção foram privilegiadas as estradas que possibilitam o escoamento da produção feita na Paraíba, entre os exemplos estão estradas para o escoamento da produção do subsolo e da agricultura. Para isso foi feita a restauração total da estrada Soledade/Picuí, conhecida como a Rodovia do Minério. Na agricultura, um dos objetivos era garantir o escoamento da produção agrícola do Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa, para isto foi construída a Rodovia da Produção (PB-380), entregue em março de 2014, foram executados serviços de terraplenagem em cortes e aterros, sistema de drenagem para águas pluviais e subterrâneas, pavimentação asfáltica, construção de uma ponte de 50 metros sobre o Rio Piranhas, cercas delimitadoras da faixa de domínio, gramagem e paisagismos em taludes e sinalização horizontal e vertical. Mais de 400 veículos trafegam diariamente pela rodovia, incluindo uma média de 60 caminhões pesados com insumos e produtos agrícolas. Foram beneficiados diretamente 65.807 habitantes da região polarizada por Sousa. 

Caminhos da Mobilidade Urbana
Entre as obras de mobilidade urbana algumas emblemáticas. A construção do Trevo das Mangabeiras, uma intervenção para escoamento do tráfego viário na Zona Sul de João Pessoa, que ultrapassou R$ 25 milhões em recursos próprios, beneficiando cerca de 200 mil pessoas. O binário do Jatobá, que criou um novo acesso à cidade de Patos, no sentido de Teixeira, beneficiando mais de 100 mil habitantes, uma obra que recebeu investimentos de mais de R$ 4,3 milhões, também com recursos próprios do Estado. A intervenção no município de Cajazeiras com a urbanização da Avenida José Donato Braga, mais conhecida por Estrada do Amor, ligando o Centro ao bairro das Populares, o mais populoso da cidade sertaneja. Outra obra importante de mobilidade urbana do Governo da Paraíba, sob a responsabilidade da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), é o Viaduto Governador Eduardo Campos, no bairro do Geisel, em João Pessoa. O investimento total da obra é de R$ 38 milhões, fruto da parceria entre os Governos Estadual e Federal

.

DER investirá R$ 25 mi em conservação de estradas

O engenheiro Hélio Paredes Cunha Lima é diretor de Obras do DER. Nesta entrevista, o diretor revela edital para contração de empresa que fará manutenção das estradas da Paraíba e aponta avanços.

Revista NORDESTE: O senhor poderia falar um pouco sobre a Diretoria de Operações?

Hélio Cunha Lima: O DER não é só fazer estrada, tem que fazer e conservar. Então é um grande problema nosso de conservação das estradas porque as pessoas não tem aquele olhar para conservar uma estrada, muitas vezes existe invasão da nossa faixa de domínio, as pessoas constroem na faixa de domínio, a drenagem que é feita… a estrada só tem uma boa vida útil se tiver uma boa drenagem. A água acaba com a estrada. Então o DER tem suas 8 Residências Rodoviárias, espalhadas no Estado, que cuidam da manutenção dessas estradas, porque não adianta só fazer, fazer. Tem que tapar buraco, limpar entrada cheia de mato. Além das nossas residências cuidarem das estradas, estamos concluindo uma grande licitação de R$ 25 milhões para contratar também firmas que façam a manutenção, a exemplo do que o DNIT faz. Não adianta construir e não manter. Existe também problema de manutenção da sinalização, algumas pessoas, não sei porquê, roubam as sinalizações para fazer alguma coisa. Pegam aquele poste de madeira das placas para usar em construção. As defensas, nós encontramos uma sendo usada em um chiqueiro de porcos. Defensa é aquela parte metálica que protege nas curvas. Aquilo protege de um acidente maior. Então nossas residências cuidam disso. As residências fazem parte da diretoria que hoje eu estou como diretor. Antigamente existiam duas diretorias, a diretoria de Obras e a de Manutenção. Com a crise, o governador orientou de fazer enxugamento da máquina e somou essas duas diretorias em uma só, aí virou Diretoria de Operações. O estado hoje tem 3,2 mil km de rodovias, o Governo Federal tem em torno de 1,5 mil e os Governos municipais tem em torno de 30 mil km de rodovias, você acha que é muito, mas quando pega esses 30 mil e divide por 223 municípios, dá 100 e pouco para cada município. Nós cuidamos desses 3,2 mil pavimentados e tem mais 2,5 mil a pavimentar, todo mês tem estadualização de novas rodovias. Isso acontece na Assembleia, os deputados pegam uma rodovia não pavimentada e estadualizam.

NORDESTE: Quantas estradas foram construídas desde o início do Programa Caminhos da Paraíba, em 2011?

Lima: Olha, estrada é uma coisa interessante. Porque você tem em quantidade de estrada e tem quilometragem. Por que são dois números. Muitas vezes uma estrada tem 100 km e outra tem 30 km. Aí você diz que são duas estradas.
Mas a gente pode dizer que foram pavimentadas 56 rodovias que antes eram estradas de terra. E restauradas, praticamente fazendo uma nova, 42. Então são 98 estradas que nós consideramos pavimentadas e entregues pelo Governo. Entre essas 56 de terra, existiam quando Ricardo Coutinho começou o Governo, 54 sedes de municípios que não tinham acesso pavimentado. Então, o Governo Ricardo Coutinho já pavimentou 40 desses 54 acessos de municípios e as outras estão em andamento para concluir até o final do ano. Até o final do ano, 54 municípios que não tinha acesso por estrada pavimentada sairão do isolamento. Com isso, todos os municípios da Paraíba terão acesso por via pavimentada. Na verdade, destes 54, três foram realizados pelo Governo Federal, porque ficavam à margem de uma BR. Então já foram inauguradas 40. E as outras 11 estão em andamento. Hoje, entre restauração e pavimentação, o Governo já fez 1.800km de estradas e tem mais 600 km em andamento. Então em breve, ainda este ano, vamos atingir 2.400 km de estrada, isso é um investimento de mais de R$ 1,2 bilhão. São 1.800 concluídas, 600 em andamento e acredito que irão surgir novas estradas ainda para aumentar esse número.

NORDESTE: Qual estratégia com o Caminhos da Paraíba?

Lima: No começo do Governo, quando Ricardo Coutinho sentou com a equipe do DER e com o mapa rodoviário da Paraíba, saltou aos olhos do Governador esses 54 municípios que não tinham acesso pavimentado, então esse foi o grande programa dele. Esse programa que tira as pessoas de isolamento a gente chama de Caminhos da Dignidade, porque dá dignidade as pessoas que moram naqueles municípios. Você tem município como Parari que tem mil e poucos habitantes, gastou-se mais de R$ 15 milhões para tirar do isolamento, então essas pessoas passaram a ter dignidade e Parari passou a constar no mapa da Paraíba. Então não é só as pessoas que moram no eixo João Pessoa – Campina Grande – Patos – Souza – Cajazeiras, que tinham esse privilégio de ter estrada pavimentada, agora todas as estradas, apesar de ser estrada pequena, o Governo de Ricardo está tirando do isolamento todos os municípios. Esse foi um grande ponto de planejamento, outras estradas que nós chamamos também de caminho do turismo. São estradas que vão incrementar o turismo, como o Governo fez a estrada de Mataraca na Barra de Camaratuba, uma estrada comprida, isso no Litoral Norte, está construindo agora a estrada que vai para Forte Velho, também no Litoral Norte, será inaugurado no próximo mês. No Litoral Sul fizemos o contorno de Jacumã, todo mundo sabe que no período de festa, de carnaval, passando por Jacumã perdia metade do dia. Foi inaugurado recentemente, o acesso à praia do Coqueirinho. Tudo isso faz parte do Caminho do Turismo. E temos outras obras como o Caminho da Produção, foi feita a restauração total daquela estrada que sai de Soledade até Picuí, que é chamada rodovia do Minério. Essa é uma rodovia de produção, tem a Rodovia da Integração, já foi entregue uma estrada que sai de perto de Patos, Quixaba, Passagem, Areia de Baraúnas, Salgadinho, Assunção, uma estrada de mais de 80 km. É chamada de reintegração porque está reintegrando essas cidades ao restante da Paraíba. E algumas estradas de integração de regiões, como uma estrada muito importante, que o Governo do Estado está concluindo, talvez entregue agora em Julho no máximo, que é uma estrada que liga o Vale do Piancó à região de Princesa Isabel. É uma estrada de mais de 30 km que está ligando Manaíra a Santana de Mangueira. Antes para passar no Vale do Piancó para chegar em Manaíra, você tinha que voltar a Patos, tinha que rodar mais de 200 km, e hoje com a integração dessas duas regiões, são 30 e poucos quilômetros

NORDESTE: Como a construção de estradas tem ajudado no desenvolvimento econômico das regiões recém conectadas?

Lima: Uma das primeiras estradas inauguradas pelo Governo Ricardo Coutinho, no dia 13 de outubro de 2011, foi a estrada de Lastro, na região de Sousa. E nós fomos lá e qual o desenvolvimento que chegou? Chegou um posto de gasolina, chegou supermercado, então tudo isso se desenvolve. Você deve saber que quando você mora em uma cidade que não tem acesso pavimentado, tudo é difícil. Os estudantes que saem para um centro maior, em um tempo de chuva, a buraqueira, a lama não deixam o pessoal sair. O Governador inaugurou agora, recentemente, uma estrada que é o acesso à Passagem, tirando-a do isolamento, foi feita uma grande ponte na entrada da cidade, porque nos tempos de chuva, os jovens da cidade que estudavam em Patos, que é o Centro maior, mais próximo, tinham que ficar a semana toda em Patos porque o Rio estava cheio e não conseguiam retornar para a cidade. Então isso é um grande desenvolvimento. A produção, as mercadorias, chegam mais baratas, porque o frete torna-se mais barato porque a estrada é melhor. A produção que é feita naquelas cidades, vão para outras cidades muito mais competitivas, porque elas chegaram a outras cidades, com o preço mais elevado devido ao frete também ser maior, então esse é o grande desenvolvimento que traz ao tirar a cidade do isolamento. Essas cidades, além de isoladas, eram desconhecidas. Por exemplo, o governador tirou no mês passado, do isolamento, a cidade de Coxixola. E antigamente quando as pessoas queriam que a outra fosse para um lugar bem ruim, bem longe, aí diziam, “vá para Coxixola”. E hoje ir para Coxixola é um presente, você está indo para uma cidade agradável, em uma bela estrada pavimentada naquela região do Cariri. O ditado “vai para Coxixola”, acabo. Não é mais o fim do mundo em termos da qualidade da estrada. E as pessoas agora vão conhecer a cidade, quem conhecia só de nome, por esse ditado, hoje pode ir a Coxixola, que é um povo trabalhador e tenho certeza que a cidade irá progredir bastante.

 

 

 

Clique aqui e confira a Revista NORDESTE na íntegra

A revista está disponível para download para IOS e Andraoid, também gratuita

Google Play: https://goo.gl/2s38d3
IOS: https://goo.gl/WeP5eH


Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Recomendamos pra você


Receba Notícias no WhatsApp