Antes de decidir se irá atender ao convite do governo dos Estados Unidos para uma visita de Estado, a presidente Dilma Rousseff conversou nesta segunda-feira (16), por 20 minutos, pelo telefone, com o presidente norte-americano, Barack Obama.
Dilma falou sobre as respostas, consideradas insuficientes pelo governo brasileiro, e voltou a pedir explicações sobre as denúncias de espionagem que atingiram, inclusive, seus contatos pessoais .
Hoje, de acordo com o Planalto, a presidente anunciará se fará a visita à Washington que estava sendo programada para o dia 23 de outubro.
A conversa ocorreu na presença do ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Machado Figueiredo. De acordo com o porta-voz, Thomas Traumann, a ligação foi feita por Obama.
Essa é a segunda vez que os dois conversam sobre o assunto. Há duas semanas, ao se reunirem em São Pertersburgo, na Rússia, a presidente disse a Obama que a viagem só ocorreria se houvesse “condições políticas”. Segundo a presidente, essas condições dependeriam de seu total conhecimento sobre tudo que foi monitorado.
A presidente disse ao norte-americano que não admitia ser surpreendida por algum veículo ou relatório sobre as investigações e por isso queria ter o conhecimento sobre tudo que foi espionado.
A resposta do governo dos Estados Unidos, no entanto, foi protocolar e considerada insuficiente pelo governo brasileiro.
Ao se referir às denúncias de espionagem americana sobre a Petrobras, caso que ela mesma já havia citado na entrevista concedida na Rússia, a presidente considerou que as denúncias evidenciam interesses econômicos e estratégicos da espionagem dos Estados Unidos e não somente a segurança nacional e o combate ao terrorismo.
Agência Brasil
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.