BRASIL

ABEEólica leva proposta de transformação energética e política industrial ao BNB

 

A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias, Elbia Gannoum, esteve nesta terça-feira (13) com o presidente do BNB (Banco do Nordeste), Paulo Câmara, em Fortaleza, para apresentar as contribuições e propostas da indústria eólica ao processo de transformação energética do Brasil. O objetivo é sensibilizar investidores quando ao potencial brasileiro e fomentar ações que elevem o volume de demanda por energia renovável no país.

 

 

Acompanhada pelo especialista em ESG da ABEEólica, Felipe Vieira, Elbia apresentou o diferencial do Brasil em relação ao mundo: “Temos na Associação grupos de trabalho voltados para questões fundiárias, ambientais e o que chamamos de GT Transformação – que atende ao conceito de que o Brasil não vai fazer simplesmente uma transição energética, até porque nosso ponto de partida é diferente do resto do mundo, 93% da nossa matriz elétrica já é renovável e 47% da matriz energética também, assim, o Brasil pode fazer uma transformação econômica e social por meio da energia renovável”, destacou.

 

A ABEEólica defende que a energia renovável precisa ser vista como fator de industrialização para que se construa, a partir daí, uma cadeia de produção com tecnologia de baixo carbono, incentivada e desenvolvida por meio de uma política industrial verde.

 

O encontro serviu ainda para dar ciência ao BNB do Guia de Boas Práticas Socioambientais para o Setor Eólico, lançado no último dia 24 de abril, durante a primeira edição do ESG Day, evento voltado para discutir e disseminar temas relacionados à sigla (que significa environmental, social and governance, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança) e que está sendo levado a todos os estados onde há projetos eólicos no Brasil. Uma vez que práticas ESG são fundamentais para basear projetos de investimentos no Brasil.

 

O documento foi elaborado pela Consultoria Gaja a pedido da ABEEólica e desenvolvido em conjunto com 17 empresas associadas. O objetivo é apresentar ações bem-sucedidas já implementadas, mostrando como empreendedores podem trabalhar em projetos de energia eólica no Brasil de forma respeitosa, transparente e harmoniosa com a sociedade e o meio-ambiente.

 

O documento traz exemplos de ações sociais, ambientais e fundiária, além de uma série de recomendações. “O trabalho foi o resultado de uma grande pesquisa realizada com diversas empresas geradoras de energia e devem ser entendidas como uma fonte de ideias e não como um recurso definitivo para a empresa que se considera social e ambientalmente responsável ou que pretende evoluir nesse sentido”, explicou Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica.

 

Para ela, é crescente o número de empresas que promovem estratégias inovadoras. “Entendemos que as boas ideias devem ser compartilhadas. Por meio deste guia, a ABEEólica pretende divulgar as melhores iniciativas desenvolvidas pelas partes interessadas com as quais interagem: os moradores das comunidades vizinhas, as organizações não governamentais, os colaboradores, os acionistas, os poderes públicos, e a sociedade em geral que está atenta à necessidade de implementação de negócios de forma responsável social e ambientalmente”, acrescentou.

 

 

Guia de Boas Práticas Socioambientais do setor Eólico

 

 

No documento estão reunidas as melhores ações praticadas pelas empresas associadas, com uma lista de recomendações para desenvolver, implantar e operar parques eólicos. Durante a leitura, será possível verificar que muitas ações vão para além dos requisitos reguladores.

 

 

Para a construção do documento, foi realizado um diagnóstico ao longo de meses para identificar as Boas Práticas realizadas atualmente pelas empresas de energia eólica no Brasil. O guia é uma das diversas ferramentas cujo objetivo é elevar o grau de aplicação das normas relacionadas com o desenvolvimento social, a proteção ambiental e o respeito dos direitos fundamentais. O Guia está disponível no site da ABEEólica para baixar

 

 

*Com informações da ABEEólica


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