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Agente da PF é apontado como suposto autor de relatórios da Abin que ajudaram defesa de Flávio Bolsonaro, aponta Intercept

Revista Fórum – Nas redes sociais, Marcelo Araújo Bormevet se diz “100% patriota. Conservador. Cristão”. E compartilha publicações de Jair Bolsonaro e todas as teorias criadas e propagadas pela horda de apoiadores do presidente.

O que Marcelo Bormevet não revela, no entanto, é que é agente da Polícia Federal, lotado desde 24 de setembro de 2019 na Agência Brasileira de Informação (Abin), e seria, segundo informações obtidas pelo site The Intercept, o responsável pela elaboração de dois relatórios do órgão de espionagem público com o objetivo de “defender Flávio Bolsonaro no caso Alerj”.

Segundo o site The Intercept, em reportagem liberada apenas para inscritos em sua newsletter, a informação teria sido confirmada por uma fonte da própria Abin, que deu detalhes sobre o caso.

Ex-agente penitenciário no Distrito Federal, Marcelo entrou para a Polícia Federal em 2005, e no ano passado foi levado à Abin como coordenador-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa, que pertence ao Centro de Inteligência Nacional (CIN).

De acordo com o jornalista Reinaldo Azevedo, o órgão comandado pelo bolsonarista seria “uma agência clandestina operando dentro da oficial”.

Redes sociais
Ativo no Twitter, Marcelo Bormevet fez sua última publicação na quinta-feira (10), compartilhando um posto de Rodrigo Constantino, um dos defensores mais ferrenhos do presidente.

No dia anterior, o agente da PF compartilhou uma publicação do próprio Bolsonaro sobre a guerra das vacinas, dizendo que não vai permitir usar a imunização “para fins políticos”. “Excelente mensagem pro povo brasileiro, muito obrigado Presidente”, escreveu Marcelo.


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